Sexta-feira, 24 de Janeiro de 2025
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“Foi o dia mais feliz da minha vida”

A PSP de Chaves surpreendeu, com uma festa de aniversário diferente, um menino cujos pais são ambos enfermeiros, a trabalhar na linha da frente no combate à Covid-19.

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Santiago fez sete anos no passado dia 28 de abril, em plena pandemia e estado de emergência, o que o impediu de comemorar como devia ser. Apesar de já compreender a situação, o pequeno rapaz manifestou a sua tristeza por não poder fazer uma festa com os amigos e, principalmente, com o pai. Nuno Claro da Silva é enfermeiro numa residência sénior em Chaves estando em plano de contingência. Impedido de estar com o filho nesse dia, decidiu contactar a divisão da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Chaves para o ajudar a fazer uma surpresa ao aniversariante. 

A PSP apareceu à porta de casa de Santiago com as sirenes das viaturas ligadas o que, no primeiro momento, o alarmou e assustou. “Quando viu aquele aparato e barulho todo ficou cheio de medo e começou a correr para dentro porque pensou que tinha feito alguma coisa de mal. Ele não estava nada à espera, foi tudo muito bem feito”, explicou a mãe Ana Barreira que articulou com a PSP todos os pormenores, inclusive o bolo preferido do Santiago que os agentes levaram, feito pela avó.

O aniversariante começou a perceber o que se estava a passar e ficou emocionado quando viu o pai, que se ausentou por instantes do seu local de trabalho para poder marcar presença no dia de anos do filho. “O Santiago não sabia que eu estava ali. Há 10 dias que não nos víamos e no início a reação foi de estupefação. Foi um aniversário bastante emotivo”, referiu Nuno. 

Apesar de não ter abraçado o pai, por contingências da pandemia, Santiago confessou à mãe que “foi o dia mais feliz da minha vida”. “Apesar de tudo, tornou-se um dia mágico para ele e quando vê o vídeo que o pai fez emociona-se sempre e diz: Mamã, aqueceu-me o coração!”, explicou. 

 

PAIS NA LINHA DA FRENTE

Ana e Nuno são ambos enfermeiros, ela nas urgências do Hospital de Chaves, ele numa residência sénior e estão ambos a trabalhar em espelho. Com dois filhos, Santiago com sete anos e Lourenço com um, e com a ajuda da mãe de Ana, têm ambos de gerir muito bem a vida pessoal com a profissional. “Tem que ser tudo muito bem organizado até porque o Santiago está a ter aulas à distância e a minha mãe, sendo professora, também está a lecionar em casa”, referiu Ana que quando está de serviço vai a casa todos os dias, ao contrário de Nuno, que cumpre o plano de contingência da residência onde trabalha. “Tenho que vir a casa porque não sei até quando isto vai durar para eu estar os 15 dias fora. Quando chego a casa dispo-me e tomo banho. Quando estou com os meninos uso sempre a máscara e tenho todos os cuidados necessários”, esclareceu. 

Para Nuno o que custa mais nesta situação “ou o que tira mais força é o estar afastado do meu seio familiar e da minha zona de conforto” e o facto de a sua esposa ter a mesma profissão e estar também

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