O município de Vila Real, em parceria a Associação Portuguesa da Castanha (RefCast), encontra-se a realizar, por todo o concelho, várias largadas de parasitoide para combater a vespa das galhas do castanheiro, uma praga que, nos últimos anos, tem sido prejudicial para os soutos da região de Trás-os-Montes e Alto Douro. Esta praga, Drycosmus kuriphilus Tasumatsu, é a principal causadora da quebra de produção de castanha à qual se tem assistido no território.
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Luta biológica
À VTM, José Laranjo, presidente da RefCast e investigador da UTAD, esclareceu que a largada de insetos (Torymus sinensis), que se alimentam destas larvas, é o método mais eficaz de combate à vespa, uma vez que vão ocupar o seu lugar no castanheiro.
“Este parasitoide, no caso das fêmeas, tem sensores que lhe permite identificar as galhas e dentro delas identificar os locais onde estão as galerias da larva. As fêmeas vão colocar os ovos exatamente dentro dessas galerias, de forma a formar novos insetos que se vão alimentar à custa da praga que lá se encontra, tomando-lhe o lugar”, referiu, acrescentando que “a larva da vespa, que iria infestar novos castanheiros, deixa de existir e no seu lugar fica o parasitoide que vai manter-se dentro da galha até à próxima primavera”. José Laranjo apelou à calma dos produtores, uma vez que este processo pode demorar cerca de dois ou três anos.
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