Bósnia, Kosovo e Sérvia foram alguns dos países onde o jovem checo Rudolf Koukol participou em acções humanitárias que o levaram a conhecer outras relaidades. No Bangladesh, apesar “da dor, do sofrimento e da tristeza”, o fotógrafo amador conseguiu captar “a alegria e a beleza”, de pessoas “que não têm nada mas querem-te dar tudo”, em 18 fotografias agora expostas em Vila Real
Com 16 anos, Rudolf Koukol, deixou o conforto do lar e a segurança dos pais para se aventurar mundo fora. O voluntariado abriu caminho para o jovem da República Checa que, agora com 25 anos, já percorreu oito países, salientando como experiência que mais o marcou as várias viagens ao Bangladesh contadas através da lente da sua “Nikon” numa exposição patente no Instituto Português da Juventude (IPJ) de Vila Real até ao dia 30.
“No início eu queria apenas conhecer o mundo e o voluntariado foi a forma que encontrei para viajar”, reconheceu Rudolf Koukol que depois da sua primeira viagem descobriu a sua paixão pelas causas humanitárias. Nos últimos nove anos, no intervalo entre as missões na Bósnia, Kosovo, Sérvia, Albânia, Bulgária, Turquia, Roménia e Bangladesh, o jovem desenvolveu várias acções no seu país natal, sendo de realçar que das pequenas campanhas de solidariedade, Rudolf foi assumindo um papel cada vez mais activo em acções de maior envergadura, assumindo a responsabilidade de vários projectos, nomeadamente no Bangladesh.
Em Agosto, depois de terminar o mestrado em Marketing, Rudolf Koukol vai regressar àquele país para dar continuidade ao projecto que tem em curso há três anos e que “tem dado os seus frutos” por exemplo ao nível da educação.
Lado a lado com o trabalho humanitário, o jovem checo foi registando as suas viagens, e são exactamente as recordações do Bangladesh (um dos países que mais o tocou) que estão agora reunidas numa exposição de fotografia que já percorreu várias localidades portuguesas.
O mercado negro, o trânsito, os campos de arroz, o recreio no bairro de lata, o trânsito, ou simplesmente os rostos ávidos de atenção de um povo estão retratados na exposição, intitulada PRAN (que na língua bengali significa vida), da autoria de Rudolf Koukol, para além de trazer um pouco da realidade daquele país ainda contou as suas experiências numa conferência que, realizada no dia 19, e direccionada aos jovens vila-realenses.
Depois de uma passagem de um ano por Portugal, onde, no âmbito do programa europeu de mobilidade estudantil “Erasmus”, estudou na Universidade do Algarve, o checo regressou agora para mostrar o seu trabalho, tendo passado já por Faro, Portalegre e Aveiro e estando marcada já uma exposição, que contará com um maior número de trabalhos, em Albufeira a partir do início do próximo mês.
Durante a conferência aos jovens vila-realenses, Paulo Pomar, recordou que o voluntariado pode começar em Portugal com a adesão a programas como o voluntariado para as Florestas ou o voluntariado para a saúde, entre outros projectos que também estão a ser dinamizados no distrito vila-realense.
Maria Meireles