A União de Freguesias de Vila Real (Nossa Senhora da Conceição, São Pedro e São Dinis) é, desde o dia 17, apenas Freguesia de Vila Real, uma alteração que foi aprovada por unanimidade na Assembleia da República.
Depois de uma primeira seleção por parte da própria junta, entre os dias 2 e 16 de dezembro do ano passado os cidadãos foram chamados a escolher entre Vila Real e Dom Dinis, tendo a votação, que contou com a participação de 571 fregueses, dado a vitória clara pela primeira possibilidade.
A denominação escolhida teve que passar pelo aval da Assembleia de Freguesia e da Assembleia Municipal, e foi no Parlamento Nacional que a confirmação do nome foi definitiva. “Só tenho que ficar orgulhoso de todo este caminho percorrido”, explicou Francisco Rocha, presidente da junta.
O autarca sublinha que a “freguesia não tomou só para si a decisão da escolha do novo nome, devolveu a palavra aos cidadãos da cidade de Vila Real” e isso “foi um caminho novo e bom”.
A redução do nome, antes com um total de 84 carateres, passa agora para uma denominação muito mais curta, com apenas 22, o que é significativo, segundo o presidente de junta, “na simplificação da vida de qualquer cidadão”.
Apesar da alteração, que decorreu no âmbito do processo de reorganização do território, vir esbater mais as fronteiras das três freguesias que se uniram, Francisco Rocha deixa a certeza que os três polos, localizados nas antigas sedes, vão manter-se, de forma a garantir a proximidade aos cidadãos.
O presidente de junta adiantou ainda à VTM que em breve a freguesia dará outro passo no sentido de estreitar os laços com os cidadãos, com a dinamização do Orçamento Participativo. “No dia 29 de abril, aquando da realização da próxima Assembleia de Freguesia, serão revelados os dados e o cronograma desse Orçamento Participativo”, explicou o mesmo responsável político revelando que este é um processo para avançar ainda este ano.
ANAFRE apresenta estudo sobre a realidade das ‘novas’ freguesias no final do mês
“Esta parece ser uma boa prática daquilo que poderá ser feito no futuro, em que as soluções para as situações que devam ser corrigidas da reforma que existiu, possam também nascer dos autarcas, e que a Assembleia da República tenha a capacidade de as aceitar”, defendeu Pedro Cegonho, presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE).
O dirigente falava à margem de uma reunião descentralizada da Associação da qual a freguesia de Vila Real foi anfitriã, exatamente no dia em que viu concluído o processo de alteração do nome.
Pedro Cegonho congratulou-se pelo facto da proposta ter nascido em Vila Real e da “capacidade de ouvir os órgãos autárquicos” do Parlamento nesse processo. “É um bom exemplo daquilo que deveria ter acontecido na reforma do território”, sublinhou.
Relativamente ao balanço deste primeiro mandato das ‘novas’ freguesias nascidas da reforma do território, o mesmo responsável adiantou que “no final de abril ou no início de maio” será apresentado um estudo de avaliação sobre “o ponto da situação das freguesias agregadas, quais são as grandes dificuldades, em que áreas e qual o grau de satisfação das novas organizações face às expectativas das populações”. Com a delineação do quadro atual das freguesias será possível então trabalhar na correção dos erros provenientes do processo de reorganização.