Depois de quatro meses de investigações, a GNR de Vila Real pôs fim a várias plantações de “cannabis”, no distrito. No total, foram detidas sete pessoas e apreendidos vários quilos da planta alucinogénea. No entanto, aquela força de segurança adianta que há indícios da existência de mais plantações e que, por isso, a operação vai continuar.
Termo de Identidade e Residência foi a medida de coação aplicada aos sete indivíduos detidos pela Guarda Nacional Republicana de Vila Real, nos dias 5 e 6, na sequência de uma operação levada a cabo nos concelhos de Montalegre, Chaves, Vila Pouca de Aguiar e Régua e que resultou na apreensão de mais de 50 quilos de plantas de “cannabis”.
Na operação que representou o culminar de uma investigação que decorreu nos últimos quatro meses, foram detidos seis homens e uma mulher, com idades compreendidas entre os 20 e os 53 anos de idade, segundo avançou o Tenente-Coronel Norberto Fernandes, Comandante do Grupo Territorial de Vila Real da GNR.
“Ao longo de todo este ano, temos detectado e destruído algumas plantações e capturado as pessoas que as cultivam”, explicou o Comandante, recordando que, numa acção anterior, foram detidas outras duas pessoas.
Relativamente às detenções da última semana, Norberto Fernandes explicou que três delas ocorreram em Morgado, no concelho de Montalegre. Em Vila Nova, no Município de Chaves, foi detido um quarto homem e em Soutelinho do Mezio, em Vila Pouca de Aguiar, uma mulher, com cerca de 30 anos, cultivava as plantas numa estufa.
O último concelho a ser “visitado” pela GNR foi o de Peso da Régua, mais exactamente a localidade de Sedielos, onde foram detidos mais dois homens e apreendidos cerca de 20 pés de “cannabis”.
Da operação, resultou ainda a apreensão de dois revólveres, três pistolas, uma caçadeira, várias munições, detonadores e meio quilo de sementes de “cannabis”.
“A operação ainda não está concluída, ainda há indícios de outras plantações, por isso vamos continuar, no sentido de as detectar e deter os seus responsáveis”, garantiu o Comandante da GNR, explicando que proliferação do cultivo desta planta se deve ao facto de ela “se adaptar bem à região” e de este ano ter oferecido boas condições climatéricas, para o seu cultivo.
A “cannabis” é considerada “a mais popular das drogas ilegais”. Pode ser conhecida por diferentes nomes de rua, como “charro”, “chamon”, “liamba”, “erva”, “chocolate”, “tablete”, “taco”, “curro”, “ganza”, “hash”, “maconha”, “óleo” (óleo de haxixe), “boi” ou “cânhamo”.
Os canabinóides são derivados da planta “Cannabis sativa”, sendo considerados drogas psicadélicas, alucinogéneas ou depressoras. Apesar de não haver risco de “overdose”, doses elevadas desta substância podem provocar “ansiedade, alucinações e sensações de paranóia, resultando em sintomas de uma psicose tóxica”.
Maria Meireles