Trata-se, como explicou o oficial de comunicação e relações públicas do comando, capitão Hernâni Martins, “de calçado e vestuário apreendidos em diversos processos que, por decisão judicial, foram declarados perdidos a favor do Estado e em vez de os destruirmos, decidimos doá-los a três instituições do distrito de Bragança, de acordo com as necessidades de cada uma”.
Os bens doados resultam de processos de apreensão de materiais contrafeitos resultante de fiscalização rodoviária e de feiras. Para que possam ser dados, as marcas dão autorização para que a roupa e calçado entrem em circulação, mediante o retirar de todas as etiquetas.
Foram centenas de pares de calçado e milhares de peças de vestuário distribuídas numa iniciativa que pretende, como acrescentou Hernâni Martins, “proporcionamos a quem necessita algum conforto e ajuda”.
A Casa de Acolhimento da Casa do Trabalho, o Centro Social da Obra Kolping e a delegação de Bragança da Cruz Vermelha Portuguesa são as instituições que foram contempladas com a oferta.
Para Hélder Ferreira, da Casa do trabalho de Bragança, a iniciativa é importante para os 32 jovens da instituição, com idades compreendidas entre os 12 e os 20 anos. “A instituição tem algumas dificuldades, pois são muitos jovens, com algumas necessidades. E alguns com necessidades educativas especiais, em que o estragar de roupa é quase diário, pelo que essa ajuda é sempre bem-vinda”, referiu o responsável, acrescentando que a instituição tem ainda regularmente doações de particulares que ajudam a colmatar as necessidades dos mais jovens.
O tenente-coronel Domingos Sá Pires, presidente da delegação de Bragança da Cruz Vermelha Portuguesa, explicou que “as doações deste género são necessárias, pois há um número elevado de pessoas apoiadas pela Cruz Vermelha diariamente, seja em vestuário ou produtos alimentares, e esta é uma boa ajuda para que possamos, ainda neste Natal, oferecer roupa nova a quem mais necessita”.
Neste ano, a instituição dirigida por Sá Pires dedica as suas iniciativas ao meio rural do concelho, pois, como esclareceu, “na área urbana há muitas instituições particulares de solidariedade social que desenvolvem a sua atividade”.