Domingo, 1 de Dezembro de 2024
No menu items!

Governador homenageou emigrantes

Em mais um passo de um périplo que está a percorrer todo o distrito, Alexandre Chaves reconheceu “o orgulho” que o povo português deve ter dos seus emigrantes, em especial os de Fiolhoso, freguesia considerada como “um símbolo” da boa relação entre os que partiram e os que cá ficaram.

-PUB-

“Estes homens e mulheres souberam regressar e trazer solidariedade e mais conforto aos que por cá ficaram”, sublinhou Alexandre Chaves, Governador Civil de Vila Real, referindo-se às centenas de emigrantes de Fiolhoso, aldeia que visitou no âmbito de mais uma visita do programa Missão de Proximidade.

Segundo o Governador Civil, aquela freguesia do concelho de Murça é “um símbolo” da colaboração entre os que partiram em busca de uma vida melhor noutro país e os que ficaram em Portugal, tendo em conta os projectos que têm vindo a ser desenvolvidos em parceria com o governo de Luxemburgo, país de eleição dos emigrantes de Fiolhoso.

“Contamos com o apoio do governo luxemburguês para a construção do Lar de Terceira Idade, Centro de Dia e Apoio Domiciliário, valência que hoje recebe mais de 40 utentes”, recordou José Paulo Carvalho, presidente da Junta de Freguesia de Fiolhoso.

O autarca referiu ainda outros projectos conjuntos que são levados a cabo entre as associações e colectividades de Fiolhoso e das localidades luxemburguesas onde vive uma comunidade de cerca de 800 filhos da terra. “Ao nível dos clubes de Futebol e das associações culturais”, são também estabelecidas parcerias e intercâmbios, sendo apoiados nas deslocações pela Câmara Municipal de Murça, revelou.

Lembrando o quão doloroso foi para muitos o processo de emigração, Alexandre Chaves considerou que o país deve sentir-se orgulhoso e olhar com o devido reconhecimento para os que “souberam integrar-se noutras comunidades e nelas honrar o seu país”.

Contando actualmente com cerca de 400 residentes, na altura das férias de Verão Fiolhoso triplica o seu número de habitantes, sendo de realçar que mais de 800 continuam a trabalhar e a residir em Luxemburgo. “Antes vinham de férias e passavam cá as quatro semanas, agora já preferem passar apenas uma semana na aldeia e as outras três na praia”, explicou o presidente de Junta, revelando que muitos são os que “já não pensam em voltar” definitivamente, sendo de registar que há casos em que parte do ano é passado em Portugal e a outra parte no país que durante décadas os acolheu.

No âmbito da visita da Missão de Proximidade, Alexandre Chaves passou ainda por várias instituições e organizações murcenses, entre as quais a Loja do Cidadão, o centro de Saúde, a Santa Casa da Misericórdia, a Cooperativa de Olivicultores e a Cooperativa Agrícola.

O dia começou com uma reunião com o presidente da Câmara, João Luís Teixeira, da qual, Alexandre Chaves ressalvou os reflexos positivos da intervenção da empresa Águas de Trás-os- -Montes e Alto Douro, graças à qual ficou resolvida a questão das “crónicas falhas no abastecimento de água que se verificavam em várias aldeias”, estando prevista a adesão do concelho à distribuição em baixa.

Para terminar a visita, o Governador Civil reuniu com a protecção civil local e ‘abriu o baile’ da Festa do Emigrante 2009 do Município de Murça.

O mesmo responsável político adiantou que, tendo em conta os dois momentos eleitorais que se aproximam, a Missão de Proximidade, que já passou por vários concelhos, como por exemplo, Régua, Vila Real, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar ou Montalegre, vai sofrer uma pausa, passando as acções a direccionarem para áreas específicas, nomadamente os projectos que estão a ser desenvolvidos no distrito no âmbito do Programa Conforto Habitacional para Pessoas Idosas ou a visita a instituições que têm a seu cargo a responsabilidade de acolher crianças e jovens em risco.

APOIE O NOSSO TRABALHO. APOIE O JORNALISMO DE PROXIMIDADE.

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo regional e de proximidade. O acesso à maioria das notícias da VTM (ainda) é livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta A Voz de Trás-os-Montes e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente e de proximidade, mas não só. É continuar a informar apesar de todas as contingências do confinamento, sem termos parado um único dia.

Contribua com um donativo!

VÍDEOS

Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS