Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024
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Governo quer ligar a Linha do Douro à Europa

A aposta na reactivação do troço ferroviário internacional da Linha do Douro entre o Pocinho e Salamanca (Espanha) por parte do Governo, foi avançada na semana passada pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino.

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Ainda sem indicar a data em que isso possa acontecer, a secretária de Estado anunciou um importante passo no sentido de reactivar o troço ferroviário internacional da Linha do Douro. Ana Paula Vitorino referiu que há um acordo para a assinatura de um protocolo entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), a Rede Ferroviária Nacional, REFER, a CP e o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, IPTM, para a reabertura do troço entre Pocinho e Barca de Alva.

Para a ligação a Espanha, muito pode contribuir as boas relações do Governo com o Fomento da Junta de Castela e Leão, entidades com quem foram já assinados protocolos relativos aos portos de Leixões e de Aveiro. Para já, o que parece estar assente são os trabalhos de renovação e beneficiação de cerca de 28 quilómetros de via férrea junto ao Douro, desactivada a 18 de Outubro de 1988, que unia o Pocinho a Barca de Alva. Numa primeira fase, a linha ficará reservada aos “serviços especiais turísticos”, mas o Governo mantém a “ambição” de recuperar o serviço normal de passageiros, contudo isso depende do lado espanhol e da sua vontade de reactivar a linha Salamanca – Barca de Alva.

Independentemente da linha não avançar no lado espanhol, a reactivação do troço Pocinho – Barca de Alva não estará em causa.

Quanto ao suporte orçamental do projecto, o Governo garante 25 milhões de euros, cuja obra ficará a cargo da REFER. Para o efeito será feita uma candidatura ao QREN, onde participará a CCDRN.

Recorde-se que, na altura, o encerramento da linha teve a ver com razões de rentabilidade. Antes em 1985, os espanhóis já tinham feito o mesmo entre Salamanca e La Fregeneda, defronte de Barca de Alva.

Os 28 quilómetros de via-férrea estão traçados junto ao rio Douro e possui quatro estações entregues à degradação e à destruição: Côa, Castelo Melhor e Almendra e o conjunto de edifícios de Barca de Alva.

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