Segundo o presidente da Câmara Municipal de Armamar Hernâni Almeida, as perspectivas são animadoras, já que esta exploração poderá ser uma mais-valia a nível de postos de trabalho para toda a região duriense. Este minério não é desconhecido no distrito de Vila Real, pois as minas da Borralha (Montalegre) já foram o segundo produtor nacional, a seguir às da Panasqueira, no entanto foram encerradas sem o filão ter sido esgotado.
Em Santo Adrião, estudos apontam para 3 mil milhões de toneladas de elevada pureza. A nível europeu, Portugal é um dos maiores produtores de tungsténio, contudo a produção tem vindo a cair nos últimos anos, devido à entrada maciça no mercado dos minerais da Rússia e da China. Assim sendo, uma quebra de produção nestes gigantes mundiais pode trazer novo alento para o nosso país.
No âmbito das suas aplicações, um dos compostos do tungsténio é extremamente duro e resistente, sendo utilizado no fabrico de serras e outras máquinas cortantes ou perfuradoras, como mós abrasivas e até pontas de esferográficas. A segunda aplicação passa pelo fabrico de aços especiais, de maior dureza, de resistência à corrosão e às temperaturas elevadas. Conhecem-se cerca de 300 ligas ferrosas comerciais, com percentagens variáveis de tungsténio. Contudo, as aplicações mais importantes do tungsténio metálico puro são o fabrico de filamentos para lâmpadas de incandescência, contactos eléctricos, e as válvulas de propulsores de reacção de mísseis e aeronaves.
Recorde-se que, no Douro, a Empresa Mineira Europeia, EME, em 1996, tinha um projecto de extracção de quartzo e feldspato, na encosta do Monte de S. Domingos, em terrenos situados nas freguesias de Valdigem (Lamego) e Fontelo (Armamar). Tratava-se do maior projecto mineiro feito nos últimos anos, na região duriense, mas acabou por não ter progressos significativos.