A Câmara Municipal de Vila Real está a levar a cabo algumas intervenções no edifício abandonado do Hotel do Parque, para garantir a “segurança e salubridade” de um espaço localizado no centro da cidade.
“Relatórios indicaram que a estrutura estava em condições de segurança pouco adequadas”, explicou o autarca Rui Santos, justificando assim a necessidade de fazer algumas obras no local.
Segundo o autarca vila-realense, “foram seguidos os trâmites legais”, ou seja, os proprietários foram notificados, tendo sido exigido que fizessem as intervenções necessárias. “Não o tendo feito, nós fazemos e iremos debitar os custos aos proprietários”, esclareceu o mesmo responsável político.
Assim, além do emparedamento do edifício, a autarquia está a limpar a zona envolvente, sendo de sublinhar que serão removidos os taipais existentes, “que já foram colocados pela Câmara Municipal e que estão agora em estado de degradação”.
“Queremos dar um aspeto visual mais limpo e mais adequado a um espaço que está no centro da cidade”, concluiu Rui Santos.
Situado na Avenida 1.º de Maio, o inacabado Hotel do Parque conta, na sua história, com episódios que envolveram a hipótese de demolição, a sua reconversão num edifício de habitação e escritórios, a sua vertente de abrigo a toxicodependentes (tendo sido encontradas duas pessoas mortas por overdose no seu interior) e, mesmo, o assassinato de um dos herdeiros, residente no Brasil, o que levou, na altura, ao retrocesso nas negociações entre os proprietários e possíveis compradores.
Em 2007 foi então a anunciada a sua transformação num hospital privado, mais exatamente num “bloco de residências medicalizadas apoiado por um parque de estacionamento para 140 lugares”, um projeto da responsabilidade do Hospital da Trofa e do Grupo Existence que, no entanto, por motivos vários nunca saiu do papel.