Tudo se terá acontecido junto a um caminho que dá acesso à aldeia, pelas 13h45, do dia 25. Na origem deste homicídio está a utilização e o acesso a um caminho rural. Segundo algumas pessoas de Agrelos, o autor dos disparos, David Borges, tinha um caminho que dava acesso à sua casa e que a vítima, António Santos, ocuparia por vezes com os seus carros. A má relação entre estes vizinhos já se prolongavam há mais de 45 anos, com várias desavenças e ameaças.
Segundo a filha da vítima, Fernanda Santos, o seu pai era impulsivo, mas nunca fez mal a ninguém. “Naquele dia fatídico, veio almoçar e quando regressava ao campo acabou por ser morto”, referiu.
Toda a gente comenta que David Borges andava sempre armado, e até costumava dizer que dele “ninguém faz pouco”, disse ao Nosso Jornal, Acácio Marques. As discussões eram frequentes por causa da ocupação de um caminho. “Não nos apercebemos de nada, nem ouvimos qualquer disparo”. António Santos foi encontrado “com uma foice junto a si e com uma poça de sangue junto ao peito” contou o mesmo. As duas pessoas eram estimadas na aldeia e a população ficou chocada com este homicídio.
David Borges entregou-se voluntariamente à GNR, bem como a arma, um revólver que estava legalizado. Ninguém sabe qual foi o motivo da discussão que descambou nesta tragédia. Depois de ouvido no Tribunal de Alijó, recolheu ao Estabelecimento Prisional de Vila Real.