Um bombeiro e duas senhoras tiveram que receber assistência hospitalar na sequência de incêndio deflagrado, no dia 21, pelas 14h30, no armazém de um estabelecimento comercial da Rua Combatentes da Grande Guerra (Rua Direita), no centro de Vila Real.
Miguel Fonseca, segundo comandante da Cruz Verde, explicou que o incêndio terá começado no rés-do-chão da Sapataria Carlos, tendo rapidamente alastrado para o andar superior do edifício. “Devido ao tipo de construção do edifício (sobretudo madeira), quando chegamos ao local, o incêndio já tinha alguma dimensão”, referiu o mesmo responsável, considerando que os danos ao nível da estrutura do prédio são “consideráveis”.
No combate às chamas, um bombeiro ficou ferido com queimaduras ligeiras e duas mulheres, moradoras de uma habitação contígua ao edifício afectado, foram transportadas para o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro por intoxicação com fumo.
Apesar da rápida intervenção dos bombeiros, as chamas propagaram-se rapidamente. “Se fosse durante a semana seria muito complicado”, comentava um popular que assistia ao trabalho dos soldados da paz, lançando assim uma crítica às dezenas de carros que, diariamente, estacionam em toda a extensão da Rua Direita, zona considerada como via pedestre.
Álvaro Ribeiro, comandante dos Bombeiros da Cruz Branca de Vila Real, confirmou que, a acontecer num dia de semana, um incêndio destes poderia ter resultados mais dramáticos, devido a uma “maior dificuldade de acesso das viaturas” ao local, mas também tendo em conta que, provavelmente, não seria possível “reunir tantos bombeiros” no combate às chamas. No local estiveram as duas corporações de Vila Real, num total de 60 homens apoiados por 11 viaturas.
Miguel Fonseca revelou ainda que, apesar do incêndio ter contado com o trabalho de dezenas de homens, na mesma altura os soldados da paz foram chamados a intervir em mais três ocorrências, entre as quais, outros três incêndios, um urbano, em Mouçós, outro florestal e um último numa viatura que circulava na A24.
Apesar de ainda não haver certezas quanto à causa do incêndio, que foi dado como extinto apenas às 17h30, Álvaro Ribeiro referiu, ao Nosso Jornal, que acredita na possibilidade de um curto-circuito.