Terça-feira, 3 de Dezembro de 2024
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Incêndios no Distrito marcados por violência e fogo posto

Nas ocorrências de incêndios de Norte a Sul do Distrito, registaram--se algumas cenas de violência e a constatação de fogo posto em muitos deles. Um helicóptero apedrejado, um incendiário confesso, e um caso com sete reacendimentos, junto à A24, foram algumas das peripécias constatadas.

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O flagelo dos incêndios continua a deixar um rasto de destruição nas florestas do distrito de Vila Real. Bombeiros, GNR, sapadores florestais e populações não têm tido mãos a medir. A “agulha das chamas” parece que se virou agora para o Sul do distrito. Sabrosa, Vila Real e Murça foram os concelhos mais afectados na última semana.

Porém, algumas situações marcaram o fim-de-semana, nomeadamente o apedrejamento de um helicóptero por um homem, ocorrido domingo, pelas 16h30, quando este andava envolvido no combate a um incêndio na zona de Arrabães (Vila Real). Tudo aconteceu quando o piloto do aparelho do Centro de Meios Aéreos de Vidago, estava a abastecer com água a aeronave num tanque junto a uma estufa. Porém, o dono do tanque não gostou que lhe estivessem a retirar a água e reagiu violentamente. Então, resolveu lançar várias pedras na direcção do Helicóptero, partindo o vidro da janela, tendo ainda atingido a zona de protecção do motor. O helicóptero teve de regressar a Vidago, com o piloto e cinco homens do Grupo de Intervenção e Protecção e Segurança, GIPS, da GNR, mas antes ainda foram ameaçados de que se voltassem a aparecer eram corridos a tiro. A GNR está a investigar o que se passou, sendo que o indivíduo já foi identificado.

Mais a Norte, um homem, na casa dos cinquenta anos, foi detido ao princípio da tarde de domingo, pela GNR de Vila Pouca de Aguiar após se ter assumido como autor de vários incêndios ocorridos no concelho. Este indivíduo apresentou-se supostamente alcoolizado e resolveu “entregar-se” aos bombeiros de Vila Pouca de Aguiar, quando estes combatiam um fogo em Soutelinho do Mezio, dizendo que era o responsável pelas chamas que os soldados da paz estavam a combater.

Em declarações, a GNR justificou o seu acto pirómano para tentar “chamar a atenção geral para si próprio e de ver os bombeiros a combater os incêndios”. Este homem residente em Telões, foi presente no Tribunal de Vila Pouca de Aguiar, de onde saiu em liberdade, aguardando a evolução do processo judicial.

Na A24, entre o nó de Andrães e o IP4, um fogo registado há uma semana teve surpreendentemente mais seis reacendimentos. Um elemento do GIPs contou, ao Nosso Jornal, que não sabe as razões da situação, “mas estranha tão elevado número”. A ocorrência destes focos de incêndio tem levado, por vezes, ao corte temporário do tráfego naquele ponto.

No mapa de incêndios, destaques pela negativa, para o grande fogo florestal de Paradela de Guiães, no concelho de Sabrosa, onde alguns habitantes apontam o mau rescaldo como a causa das dimensões que tomou. Outro vai para o incêndio, nas zonas serranas de Fiolhoso (Murça), com uma frente próxima de Jorjais de Perafita. E ainda na Serra do Alvão, no alto de Pena, onde as chamas irromperam com alguma violência.

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