Uma iniciativa que pretende tornar mais agradável o tempo de recolhimento e quarentena que os últimos acontecimentos obrigam e ao mesmo tempo promover projetos pela associação realizados. “Começámos a sentir que isto poderia ter consequências muito graves em vários setores. Sentimos na pele vários cancelamentos e adiamentos de eventos de produção própria ou nos quais íamos participar. No nosso pequeno contexto, perdemos muito dinheiro no espaço de uma semana. Como nós, vários colegas músicos, técnicos, programadores e profissionais das artes ficaram com projetos e vidas em stand-by. Grande parte deles em situações precárias e bem piores que a nossa. Não somos médicos ou profissionais de saúde e, portanto, não podíamos fazer grande coisa a não ser incentivar as pessoas a cumprir com os pedidos da DGS para que ficassem em casa”, referiu Diogo Martins, um dos membros da associação.
Assim, a Indieror criou uma playlist no seu canal de Youtube onde podem ser vistos vídeos de vários projetos com os quais trabalham e posteriormente começou a incentivar as pessoas a partilharem outros conteúdos culturais de interesse com a hashtag #CulturaAoDomicílio.
“As pessoas têm nomeado outras e tem-se criado uma corrente bonita. O movimento começou a ter bastante atenção, para surpresa nossa. Desde os artistas à imprensa nacional, começou a falar-se do assunto. O mais espetacular é que esta atenção não se ficou só pelos projetos e artistas, mas também elevou o debate sobre a precariedade da área e dos seus profissionais. Tivemos sorte. Sem ter noção, estávamos a criar um movimento com o qual muita gente se identificava”.
Uma proposta artística da Indieror para combater a pandemia e o estado de emergência a que o novo coronavírus obrigou o país.