Depois de uma visita às obras de construção da Barragem do Pinhão, a empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro fez o ponto da situação da infra-estrutura que “vai resolver os problemas de abastecimento de água” de milhares de transmontanos, num investimento (no total do sistema de abastecimento) de mais de 19 milhões de euros.
“A Barragem está a crescer. Ainda este ano vai ser posto rolhão e esperamos que, em Agosto do 2008, possamos ter o prazer de beber a água daquela barragem”, referiu Alexandre Chaves, Administrador da empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro (ATMAD), entidade responsável pelo Sistema de Abastecimento de Água do Pinhão.
Para além da barragem, o sistema do Pinhão é composto por mais de 100 quilómetros de condutas adutoras e por uma Estação de Tratamento de Águas, num investimento total que deverá está concluído “até o Verão do próximo ano”.
Segundo o Administrador da ATMAD, “o sistema do Pinhão irá resolver os problemas de abastecimento, em quantidade, qualidade, viabilidade e segurança, nos concelhos de Vila Real, Sabrosa e na zona nascente do concelho do Peso da Régua. Irá, ainda, alimentar, supletivamente, os sistemas de abastecimento de Vila Chã (Alijó e Murça) e do Sôrdo (Vila Real, Santa Marta de Penaguião, Régua e Mesão Frio), estimando-se que venha a servir cerca de 75 mil pessoas.
Relativamente à barragem, Alexandre Chaves garantiu que, ainda este ano, será fechada, de modo a que, em Agosto do próximo ano, esteja preparada, para fornecer a sua água.
“Com uma capacidade de 4,2 milhões de metros cúbicos, esta barragem é quatro vezes maior do que a do Sôrdo”. No entanto, como explicou o Administrador, “tem uma grande capacidade de renovação da água”.
“Só retemos cerca de 20 por cento da água que corre no rio Pinhão, há um rotação, há uma melhoria de qualidade”, garantiu.
Ao orçamento de mais de três milhões e setecentos mil euros, da nova infra-estrutura, junta-se o investimento nas condutas adutoras (8.500.000 euros) e na estação de tratamento de água, reservatórios e estações elevatórias (7.000.000 euros).
“Esta é uma barragem de consenso” garantiu Alexandre Chaves, recordando que não houve qualquer polémica relativamente à sua criação e que existem, mesmo, projectos que visam o aproveitamento da sua água, para actividades turísticas e desportivas.
Maria Meireles