Sábado, 22 de Março de 2025
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Instituições traçam estratégias contra as vagas de calor

Minimizar os efeitos negativos do calor intenso na saúde da população, nomeadamente dos grupos mais vulneráveis, é o objectivo principal do Plano de Contingência Regional para Temperaturas Extremas Adversas (PCRTEA) – Módulo Calor, que incide entre 15 de maio e 30 de setembro. No que respeita à área do ACES Marão e Douro Norte, a novidade é a criação de um gabinete de crise na ocorrência de um alerta vermelho. Plano irá abranger um território populacional de cerca de 120.000 pessoas.

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A população da área geográfica de influência do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Marão e Douro Norte será abrangida mais uma vez. O PCRTEA – Módulo Calor que este ano, e pela primeira vez, acionará um gabinete de crise em caso de ocorrência de situações extremas. Estão neste caso incluídos os concelhos de Vila Real, Régua, Mesão Frio, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Murça e Alijó. “Quando existir um alerta vermelho, será acionado o gabinete de crise do ACES Marão e Douro Norte, em que a responsável e coordenadora de saúde pública concertará ações com o responsável da proteção civil e dos municípios para dar respostas imediatas”, sublinhou o diretor executivo, Armando Vieira.

O plano identifica as populações mais vulneráveis, nomeadamente crianças e idosos, e nesta faixa etária este agrupamento de Centros de Saúde apresenta 1298 crianças e 12 414 pessoas com mais de 75 anos (dados estáticos de abril último). Estarão envolvidos neste plano unidades de saúde, bombeiros, câmaras municipais, GNR, PSP, IPSS, paroquias, autoridade distrital de proteção civil.

“É uma situação que nos aflige bastante, por isso temos de responder a esta realidade. Presenciamos, nos últimos anos, a ocorrência de ondas de calor que levaram a uma maior afluência aos cuidados de saúde. A nossa estratégia pretende ir ao encontro dos idosos previamente e explicar-lhes ferramentas para que possam estar preparados. Tudo isto de uma forma operacionalizada em rede e articulado com outras instituições e parceiros da comunidade”, acrescentou o responsável.

Nos últimos 4 anos e de acordo com os Relatórios Finais de Avaliação – PCROC/PCRTEA, na região Norte ocorreram: em 2009, 1 onda de calor, com uma duração de 7 dias no mês de agosto nos distritos do interior da região, Bragança e Vila Real. Em 2010, 7 ondas de calor, com uma duração de 32 dias particularmente gravosas nos meses de julho e agosto, mais frequentes no distrito de Braga, seguido de Bragança e Vila Real. Em 2011, 4 ondas de calor, com uma duração de 14 dias entre os meses de junho e agosto, sendo mais frequentes nos distritos de Braga, Bragança e Vila Real. Em 2012, 4 ondas de calor, com uma duração de 7 dias entre os meses de junho a agosto, mais frequentes nos distritos de Bragança e de Vila Real e em 2013, duas ondas de calor no distrito de Vila Real.

Recorde-se que, em 2013, morreram em Portugal, devido ao calor, 1864 pessoas. De realçar que, a exposição a períodos de calor intenso, durante vários dias consecutivos, constitui uma agressão para o organismo, podendo conduzir a: desidratação; agravamento de doenças crónicas; esgotamento; golpe de calor.

Para a prevenção dos efeitos do calor intenso, recomenda-se, entre outras coisas, aumentar a ingestão de água ou sumos de fruta natural sem adição de açúcar, mesmo sem ter sede. As pessoas que sofram de doença crónica ou que estejam a fazer uma dieta com pouco sal ou com restrição de líquidos, devem aconselhar- -se com o seu médico ou contactar o ACES. Evitar bebidas alcoólicas e bebidas com elevados teores de açúcar. Os recém-nascidos, as crianças, as pessoas idosas e as pessoas doentes podem não sentir ou não manifestar sede, pelo que são particularmente vulneráveis. Ofereça-lhes água e esteja atento e vigilante. Devem fazer-se refeições leves e mais frequentes. São de evitar as refeições pesadas e muito condimentadas.

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