Quinta-feira, 5 de Dezembro de 2024
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Jerónimo de Sousa responsabiliza Governo pela crise da agricultura transmontana

Primeiro em Bragança, depois em Vila Real, Jerónimo de Sousa falou “aos que não desistem de lutar, aos que não cruzam os braços perante a política de desastre nacional do Governo de José Sócrates”, aos agricultores transmontanos. Segundo o secretário-geral do PCP a situação alarmante vivida no sector agrícola em Trás-os-Montes deve-se exactamente ao actual governo e não, como muitos querem fazer crer, à crise internacional.

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“A crise internacional tem muito pouco a ver com a situação em que se encontra” a região de Trás-os-Montes, garantiu Jerónimo de Sousa, secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), no dia três, durante a visita ao Centro de Social dos Compartes de Cidadelha de Aguiar, em Vila Pouca.

Jerónimo de Sousa criticou o Governo por este justificar “esta negativa situação do país com a crise internacional” referindo, por exemplo, que o sector agrícola da região transmontana já se encontra numa “situação muito preocupante” muito antes da “crise do capitalismo internacional”.

Classificando como justificado o “sentimento de inquietação” dos portugueses, tendo em conta as perspectivas de “agravamento da crise e aprofundamento da recessão económica”, o responsável político considerou ainda que a situação actual “evidencia o quanto erradas foram e serão as opções deste governo em relação a questões fundamentais para o desenvolvimento do país”.

“O Governo PS, que agora está no fim do mandato, prometeu mais desenvolvimento, mais justiça social, redução das desigualdades. A verdade é que o país segue o rumo contrário, com os principais sectores em contínuo recuo na sua capacidade produtiva, como é o caso da nossa agricultura”, sublinhou Jerónimo de Sousa, reforçando a ideia de que “a desvalorização do mundo rural é o resultado de um conjunto de opções de políticas agrícolas desastrosas”.

Recordando as problemáticas vividas nas várias áreas da agricultura, como a viticultura, a produção de leite e a hortícola, o secretário-geral defendeu que “o Governo não pode continuar a demitir-se de apoiar este sector. É preciso responder aos problemas dos agricultores com a intervenção do Estado, com medidas de compensação aos produtores e garantia de escoamento a um preço justo à produção”.

“É possível relançar a agricultura e transformá-la numa vantagem para a região”, defendeu Manuel Cunha, candidato à autarquia de Chaves pela CDU, deixando a certeza de que, no poder ou na oposição, o partido irá continuar a lutar pelo desenvolvimento da região e em defesa dos interesses das suas populações nas mais diversas áreas, como saúde, educação, ambiente.

A comitiva de Jerónimo de Sousa, que contou com diversos responsáveis políticos entre candidatos assumidos às europeias e autárquicas e dirigentes regionais, passou por Bragança, onde se realizou um almoço com cerca de duas centenas de pessoas, e por Vila Real, onde reuniu, em Vila Pouca de Aguiar, cerca de uma centena de militantes e simpatizantes.

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