Utilizando Vila Real como um exemplo notório dessa realidade, o mesmo responsável político explicou que “há muitas sinergias que podem não estar tão potenciadas porque as autarquias não desempenham globalmente e cabalmente o seu papel como dinamizadoras da vida e da economia dos seus concelhos”.
Considerando que a capital de distrito tem várias componentes que jogam a seu favor, nomeadamente a sua “situação geográfica privilegiada” relativamente a novas infra-estruturas rodoviárias, o trabalho desenvolvido pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, “a sua proximidade com a região do Douro e a possibilidade de aproveitamento dos eixos turístico e vitivinícola”, Pedro Alves concluiu que existe potencial que está a ser desperdiçado.
“O diagnóstico é fácil de fazer. A aproximação ao tecido empresarial mostra que há grande apetência para desenvolver projectos que possam representar uma mais-valia para os jovens, como por exemplo a criação de incubadoras de empresas e de centros de excelência”, no entanto, segundo a JS, estes projectos precisam de “um impulso mais determinante ao nível autárquico”.
Reconhecendo que a criação de emprego e de oportunidades não é se trata apenas de um de dever das instituições públicas, Pedro Alves lembra que na região do interior, onde o fenómeno da desertificação é preocupante, deve haver um esforço acrescido por parte dos municípios.
A “Semana Federativa” é uma iniciativa da Comissão Política Nacional da JS que está a percorrer os distritos a nível nacional e que tem como objectivo a “aproximação aos jovens da região”.
O programa, que culminou no dia 14, em Sabrosa, incluiu a visita a todos os concelhos do distrito e o encontro com “autarcas, simpatizantes, militantes”. “Recolhemos algumas boas práticas e convivemos com os membros do PS e da JS”, sublinhou Ivo Oliveira, presidente da Federação Distrital de Vila Real da jota rosa.
A visita do secretário-geral da JS ao distrito teve como um dos pontos altos, a realização, em Vila Real, da reunião da Comissão Política Nacional da JS. “Foi um momento político importante, que aconteceu na ressaca da manifestação do dia 12, do movimento “Geração à rasca”, e que teve como objectivo preparar o congresso do Partido Socialista e a intervenção política da JS”.