Voluntariado Jovem da Cruz Vermelha
Núcleo vai dinamizar delegação da Oikos, no concelho
No mês de Outubro, a Câmara Municipal de Sabrosa vai assinar um protocolo que visa a criação de uma delegação da “Oikos”, naquele município transmontano, um espaço que contará com a colaboração dos jovens voluntários da Cruz Vermelha local. A novidade foi avançada exactamente no dia em que teve início a Escola de Verão da Juventude da Cruz Vermelha Portuguesa que reúne, em Trás- -os-Montes, uma centena de jovens voluntários, de todo o país
Até ao dia 12, cerca de uma centena de jovens voluntários está reunida, em Sabrosa, para a terceira edição da Escola de Verão da Juventude da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), uma iniciativa que tem como objectivo “dar competências aos voluntários, para que, nas suas estruturas locais, possam desenvolver projectos e programas, para os jovens mais vulneráveis”.
Durante a cerimónia de abertura da Escola de Verão, José Marques, Presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, salientou que, no mês de Outubro, a autarquia deverá deslocar-se à Suécia, para assinar um protocolo de colaboração com a “Oikos”, tendo em vista a criação de uma delegação daquela Organização Não Governamental, em Sabrosa.
“A dinamização da delegação ficará a cargo da Juventude da Cruz Vermelha, em Sabrosa”, explicou o edil, salientando, ainda, que esta deverá ter como sede física a Escola do Primeiro Ciclo de Paradela de Guiães, agora desactivada.
A “Oikos” assume-se como “uma organização de cidadãos solidários”, cuja missão é “promover a cooperação e a solidariedade, para o desenvolvimento humano e sustentável das regiões e países mais desfavorecidos”.
Com cerca de 30 jovens voluntários, o Núcleo da Cruz Vermelha comprovou a sua dinâmica, trazendo, para o concelho, a 3.ª Escola de Verão da CVP, uma actividade que reúne, até Domingo, na Escola Miguel Torga, em Sabrosa, jovens de todo o país, para nove dias de aprendizagem, com “formadores da Cruz Vermelha nacional e internacional e de outras entidades, como do Instituto da Droga e Toxicodependência e Instituto Nacional da Reabilitação”, com o objectivo de “dar competências aos voluntários”.
“Não é uma colónia de férias, mas, sim, um encontro de reflexão, sobre temáticas e problemáticas actuais, em diferentes áreas, embora num contexto informal”, explicou Pedro Pina, Coordenador Nacional da Juventude da CVP.
Segundo o mesmo responsável, a nível nacional, a organização conta com cerca de 1000 voluntários, “um número que, quantitativamente, não é relevante, face a outras organizações”. No entanto, ressalva que se trata de “um tipo de voluntariado com características muito específicas”, em que a formação é muito importante.
Cristina Louro, Vice-Presidente nacional da CVP, sublinhou, também, a importância da formação da juventude voluntária, frisando a importância da Escola de Verão como fonte “de princípios, valores e dedicação” daqueles que são “o presente e o futuro” da organização.
Com 180 delegações, espalhadas por todo o país, a CVP conta com cerca de 7000 voluntários, um número que, segundo a dirigente, “é manifestamente pouco”, para o trabalho da organização.
“Deixo um apelo, para que todos os portugueses se inscrevam, como voluntários, junto às delegações da sua área de residência” – concluiu Cristina Louro, na abertura da Escola de Verão.
Maria Meireles