Depois das críticas dos autarcas do Alto Tâmega, sobre o facto de o Ministério da Saúde ter “proibido” a divulgação dos dados da covid-19, a não ser os disponibilizados pela DGS, surgiu na internet uma petição pública, designada “Queremos o Boletim Epidemiológico do Alto Tâmega público”, que até às 14h30 contava já com 720 assinaturas.
Em menos de 24 horas, a petição reuniu 720 assinaturas, em que os cidadãos pedem para que os dados da região do Alto Tâmega sejam disponibilizados à população, como era feito anteriormente.
A petição está acessível em: https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT98438&fbclid=IwAR33MP2AHL2OrSnlbsdnEMguXbiG9c_dESdKUoui2cRdzU6yVkUH0R_Ek-U
O Alto Tâmega é constituído pelos concelhos de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar.
Ministra apela aos autarcas para divulgar apenas a informação da DGS
Entretanto, na conferência de imprensa diária da Direção-Geral da Saúde, a ministra da Saúde, Marta Temido, revelou que “não há qualquer proibição de partilha de informação”, mas sim “um apelo à informação consistente”.
“Não há qualquer proibição de partilha de informação. Há, sim, um apelo claro a todas as entidades que integram o Ministério da Saúde, em especial as autoridades locais e regionais de saúde, para que se concentrem no envio de informação atempada e consistente a nível nacional”, esclareceu, alertando para o perigo de análises que podem não ser as mais corretas. “Os boletins parcelares podem ser causadores de análises fragmentadas”.
A governante pediu às autoridades de saúde locais para continuar a partilhar informação com as autarquias, no entanto, disse que o devem fazer “utilizando apenas os dados da DGS, de forma a esclarecer eventuais discrepâncias”.