O projecto de reabilitação do troço ferroviário da Linha do Douro, entre Pocinho e Barca de Alva, poderá ser inscrito nas verbas do Quadro de Referência Nacional, QREN. Esta é a intenção dos autarcas durienses que vai ser manifestada, a 9 de Dezembro, numa convenção que vai decorrer, em Barca de Alva.
Na região de Trás-os-Montes e Alto Douro, os Presidentes das Câmaras Municipais de Mesão Frio, Régua, Sabrosa, Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Moncorvo, Freixo de Espada-à- Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo estão de acordo quanto à viabilização do troço ferroviário que pode representar um factor de desencravamento do Douro Interior.
O Presidente da Câmara de Alijó, Artur Cascarejo, tem sido um dos grandes entusiastas e apologistas da ligação a Espanha. Uma posição há muito defendida; “É importante que o caminho de ferro volte a ser uma acessibilidade. Para este desejo, muito contribuirá a decisão da Rede Ferroviária Nacional, REFER, parceiro considerado indispensável, neste projecto. Este acontecimento serve, também, para evocar o dia em que, a 1887, foi inaugurada a ligação Barca de Alva – Salamanca, através da então Linha de Castela.
Do lado espanhol, estarão presentes autarcas, vários empresários e agentes de desenvolvimento regional.
Nesta Convenção que já não é a primeira que se realiza em território luso, será estimado e debatido o custo de recuperação dos vinte e oito quilómetros de ferrovia que, até 1 de Janeiro de 1985, suportaram as composições que ligavam Pocinho a Barca de Alva. O documento já foi aprovado, em vinte e duas Assembleias Municipais durienses, e será posto em cima da mesa e enviado ao Governo. Antes, será feita, a 30 de Novembro, no Pocinho, a apresentação desta convenção que poderá ser o primeiro passo prático para a reabilitação da ligação ferroviária Salamanca-Porto.
Jmcardoso