Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024
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Maior parte da Carne Maronesa comercializada já fica na região

Durante uma semana, a carne Maronesa foi um dos pratos principais de um conjunto de restaurantes de Vila Real que aderiram à Semana Gastronómica. Há quem considere que a carne já não precisa de ser divulgada e na área de origem isso parece ser mesmo verdade, tendo em conta que mais de metade do produto comercializado é consumido na sua própria região.

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“Mais de 60 por cento do consumo acontece na região”, explicou Virgílio Alves, do Agrupamento de Protutores da Carne Maronesa, à margem da Semana Gastronómica dedicada à iguaria transmontana, que se realizou entre os dias 8 e 14, no âmbito das Festas da Cidade de Vila Real.

Segundo o mesmo responsável, apesar do momento de crise, sentido também na comercialização da carne certificada com Denominação de Origem Protegida, é importante “constatar o acréscimo do consumo na região”. “Este produto pode funcionar como âncora para a restauração uma vez que começa a ganhar expressão o turismo gastronómico”, explicou.

Com uma área geográfica que engloba o distrito de Vila Real e os concelhos de Amarante, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, existem actualmente cerca de 1400 produtores na região, sendo que 60 por cento da produção é efectivamente certificada.

Nos últimos anos a produção e comercialização da carne Maronesa tem vindo a crescer uma média de 20 por cento por ano, no entanto, “este está a ser um ano atípico devido ao momento de crise” vivido no país, considerou Virgílio Alves, contabilizando que se tem registado uma “quebra de 10 por cento” relativamente às expectativas.

Carlos Mateus, proprietário do Restaurante Mateus, em Vila Real, é testemunha das dificuldades porque tem passado o sector da restauração. “Não adianta tentar controlar porque é evidente essa ausência de clientes”, sublinhou o empresário.

Mesmo com a realização da Semana Gastronómica, Carlos Mateus explica que a procura foi “anormal”, no entanto considera que a Carne Maronesa já nem precisa de grande divulgação porque as pessoas já conhecem a sua qualidade e sabem que o seu restaurante só serve carne certificada.

Consumindo cerca de uma carcaça e meia por mês, o que representa mais de 200 quilos de carne já desossada, o restaurante vila-realense serve a Maronesa em rodízio ou em espetadas.

“A melhor carne do mundo vem de uma raça argentina, da região de Pampas, que não chega ao mercado porque não tem quantidade para exportar”, considerou o proprietário classificando, a nível nacional, a carne Maronesa como a segunda melhor, logo a seguir à Barrosã.

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