Tudo está bem, quando acaba em bem. É que se pode dizer da situação que opôs, na semana passada, os Bombeiros Voluntários de Murça à Câmara Municipal. Em causa, esteve o funcionamento nocturno, entre as 20 e as 8 horas, da Central de Atendimento, por alegadas dificuldades financeiras da instituição em assegurar os necessários recursos humanos. O Comandante Joaquim Teixeira, reclamando uma suposta dívida de 30.000 euros do Município e a falta de apoios das autoridades distritais da Protecção Civil, ameaçou, mesmo, “encaminhar, para o Presidente da Câmara local, os pedidos de emergência feitos no período em causa”, ao mesmo tempo que chegou a anunciar “não atender os pedidos de emergência, à noite, a partir do fim do mês”.
O diálogo entre as partes foi a melhor forma de ser ultrapassada esta situação. Daí que o Comandante e o Presidente da Câmara tenham reunido e ambas as partes tenham chegado a um acordo verbal, para evitar a cessação do serviço. Assim, a Câmara Municipal de Murça assegurou o pagamento do ordenado de quatro dos doze bombeiros assalariados e a comparticipação de doze mil e quinhentos euros anuais que se juntam a um subsídio de trinta mil euros que também vai ser entregue, pelo Município, aos Bombeiros, este ano. Estes, em contrapartida, vão ter funções que há muito Joaquim Teixeira sugeria. Ou seja, vão passar a dar acompanhamento a chamadas nocturnas, para serviços municipais.
De referir que três dos doze bombeiros que prestavam serviço tiveram de sair da Corporação, por dificuldades financeiras.
Jmcardoso