Concebido com o objectivo de “melhorar a acuidade visual das ruas do Centro Histórico”, o projecto, que se inclui num investimento total de cerca de 10 milhões de euros do Programa de Regeneração Urbana do Centro Histórico “Mais Chaves”, foi um dos seis que, no dia dois, viu oficializada a sua contratualização com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N), no âmbito do “ON.2 – O Novo Norte”.
Apesar de já ser considerado como “notável”, o Centro Histórico ainda precisa de algumas infra-estruturas que permitam recuperar a “sua matriz original”, explicou João Batista, presidente da Câmara Municipal de Chaves, referindo-se assim ao projecto de reabilitação/remodelação da rede de iluminação pública, que inclui o desmantelamento das redes aéreas, como um dos mais importantes do conjunto de dez acções previstas no “Mais Chaves”. “Não sendo dos maiores em termos de investimento, no contexto da regeneração urbana do centro, é daqueles de mais importância, sobretudo simbólica, porque vem dotar Chaves dessa matriz original de maior atractividade”, explicou.
Orçado em mais de 784 mil euros, dos quais 627 são suportados pelo Programa Operacional Regional do Norte, o projecto vai “uniformizar e remodelar os equipamentos instalados, que se encontrem obsoletos, e possibilitar a alimentação futura das habitações e serviços na área de intervenção de forma subterrânea”. Assim, “serão executados os trabalhos de implementação da rede de distribuição de energia eléctrica subterrânea em baixa tensão, para substituição das redes áreas”, que serão desmanteladas.
O autarca sublinhou que o projecto, através da criação de rede de fibra óptica, “permitirá retirar as antenas de televisão que ainda subsistem nos edifícios da zona história”, mas terá ainda outra mais-valia, ao dotar o centro da cidade de melhores “infra-estruturas de combate a incêndios urbanos”, através do Plano de Segurança e Combate a Incêndios.
“Vamos agora colocar o projecto a concurso, e acreditamos que dentro de um ano teremos concluída essa acção”, adiantou João Batista.
Do conjunto de projectos previstos no âmbito do “Mais Chaves”, cerca de 50 por cento já estão concluídos, como é o caso das intervenções na muralha do castelo e no Largo da Lapa.
Em falta estão agora acções como a recuperação do cine-teatro, em fase de conclusão do projecto, a construção da Pousada da Juventude e do pavilhão ExpoFlavia e a recuperação da zona junto à Ponte Romana.
De recordar que, além do Programa de Regeneração Urbana, a cidade flaviense tem mais duas acções que se incluem da listagem dos dez maiores projectos aprovados pelo “ON.2 – O Novo Norte” na região do Alto Trás-os-Montes, nomeadamente o “Chaves + Modernidade – Regeneração da Zona Urbana Norte da Cidade”, que prevê um investimento de 9,7 milhões de euros, e o “Chaves Monumental”, orçado em mais de 4,8 milhões.
No que diz respeito ao Programa Operacional de Valorização do Território, o Município também aparece na lista dos maiores projectos aprovados, com a construção da sede da Fundação Nadir Afonso, que vai custar perto de 8,8 milhões de euros.
Há exactamente um ano atrás, quando a autarquia anunciou a luz verde do financiamento do terceiro, e último, projecto de regeneração urbana a ser aprovado, o “Chaves Monumental”, João Batista frisou que, “a nível da região Norte, não é fácil encontrar uma cidade com este nível de apoios financeiros”, e sublinhou que todas as intervenções deverão estar concluídas até ao final de 2011, embora, obras desta envergadura mereçam uma margem de manobra temporal que poderá alargar-se até o segundo semestre de 2012.