Sexta-feira, 24 de Março de 2023
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Manter a forma em estado de emergência

Os campeonatos estão suspensos por tempo indeterminado, mas há clubes que, mesmo
à distância, “treinam” para manter a forma. É o caso do Grupo Desportivo de Chaves

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Desde 12 de março que o local de trabalho dos jogadores do GD Chaves passou dos relvados do Estádio Engenheiro Manuel Branco Teixeira e do Complexo Desportivo Francisco Carvalho para as suas casas. O campeonato está suspenso, mas os treinos continuam. 

O clube transmontano, através da equipa técnica, definiu um plano diário para que os atletas se mantenham em forma e preparados para a eventualidade de a competição retomar. 

“Está tudo muito bem planeado. Fazemos trabalho de ginásio, em que trabalhamos umas vezes a força e a mobilidade e fazemos trabalho aeróbico, mas com o decreto do estado de emergência deixamos de correr na rua, para dar o exemplo. Mas eu, de vez em quando, sozinho, dou uma corrida na zona onde moro. Só descansamos ao domingo”, explicou Raphael Guzzo, um dos homens do meio campo azul grená. 

E não há forma de não cumprir o plano à risca até porque, mesmo à distância, os treinos são monitorizados e controlados pela equipa técnica, nomeadamente pelo preparador físico. “Temos que filmar tudo e depois enviar para eles”. 

Toda a estrutura do Grupo Desportivo de Chaves, desde a administração até ao plantel e equipa técnica, está em sintonia e através do grupo de Whatsapp vão estando a par do dia-a-dia dos jogadores, onde reside a maior preocupação. 

Para Guzzo, esta situação é “estranha” e uma “incógnita”, uma vez que a Liga Portuguesa de Futebol ainda não se pronunciou acerca do que irá acontecer, se o campeonato é ou não retomado, mas tem a certeza de que “vamos continuar a treinar na mesma”. 

O médio, de 25 anos, está de quarentena em casa com os pais, o irmão e a namorada, todos amantes da prática de desporto, o que ajuda no seu trabalho diário que, nestas circunstâncias, diz ser “desmotivante”. “A intensidade do treino não é igual e treinar sozinho não é fácil, mas tenho a felicidade de cá em casa todos gostarem de desporto e treinamos juntos”. 

Com os colegas com quem partilha o balneário, fala das probabilidades de o campeonato retomar já em maio, quando a pandemia passar, situação que “para nós é um pouco frustrante, porque não nos deixa fazer o que mais gostamos e por mais que treinemos em casa, não é a mesma coisa”. 

À altura da suspensão dos trabalhos, o Grupo Desportivo de Chaves preparava a deslocação ao reduto do Estoril, a contar para 25ª jornada, na sequência de dois jogos com resultados positivos. “Sabemos que a nossa época não estava a correr como esperado, mas nos dois últimos jogos estávamos a regressar às boas exibições e a encaixar bem, e foi frustrante parar, porque queríamos trabalhar para terminarmos o mais acima possível na tabela classificativa”, referiu. 

Agora é esperar no banco que o vírus deixe “voltar a fazer o que mais gostamos”, porque se demorar muito tempo, “a bola vai parecer quadrada quando voltarmos”, rematou, em tom de brincadeira. 

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