Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024
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Manutenção de meios para fazer face a um ano que promete ser “difícil”

“Sem grandes novidades”, assim se define o dispositivo pensado para o combate aos incêndios florestais no distrito que, só no ano passado, viu arderem mais de 15 mil hectares do seu território. Prevendo que 2010 seja um ano difícil, Alexandre Chaves deixou um apelo às forças de segurança para sejam “mais dinâmicas na detenção e condenação de incendiários”.

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No sábado tem início a fase Bravo, a segunda mais crítica do sistema de risco do dispositivo nacional de Combate a Incêndios Florestais que, este ano, para o distrito de Vila Real, prevê o empenho de um total de 1150 homens e mulheres, 194 viaturas e cinco meios aéreos.

Carlos Silva, comandante operacional do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS), explicou que o dispositivo previsto não traz “novidades de maior”, sendo de destacar no entanto “o reforço do princípio da primeira intervenção como factor decisivo de sucesso para o combate aos incêndios florestais”.

“Temos a consolidação de um dispositivo que, de ano para ano, se vem mostrando eficaz”, defendeu o mesmo responsável, sublinhando que, a nível nacional, Vila Real mantém o primeiro lugar do ranking quando se fala no número de postos de vigia (26) e de equipas de sapadores florestais (30).

Relativamente aos meios aéreos, à semelhança do acontece com os meios humanos, vamos assistir a uma manutenção do dispositivo, sendo que “já a partir do dia 15 de Maio, início da fase Bravo, entrará em acção um meio em Ribeira de Pena, guarnecido por uma equipa heli–transportada dos GIPS da Guarda Nacional Republicana (GNR). A partir de 15 de Junho esse meio será reforçado com mais dois helicópteros, um médio em Vidago e outro em Vila Real, ou seja, na fase Bravo “vamos ter já três meios aéreos de ataque inicial”. No dia um de Julho, altura em que começa a fase Charlie, entrarão em prontidão mais dois aviões, bombardeiros médios que operarão a partir de Vila Real.

“Na fase Charlie, o período em que temos maior probabilidade de incêndios, contamos também com um dispositivo terrestre reforçado, essencialmente pelo principal agente de protecção civil que temos no distrito, que são os bombeiros”, explicou o comandante, adiantando ainda que o dispositivo será mais uma vez fortalecido pelo exército que terá quatro grupos de militares, sedeados em casas de guarda–florestais em Montalegre (Venda Nova), Boticas (no alto do Fontão), Vila Real (na casa do guarda do Marão) e Mondim de Basto (Paradança), “perímetros florestais importantes ao nível da conservação”.

No dia em que foi apresentado o dispositivo distrital, Alexandre Chaves deixou ainda um apelo às forças de segurança para que “sejam mais dinâmicas na detenção e condenação dos incendiários”. Lembrando o ditado popular que diz que “o medo guarda a vinha”, o mesmo responsável político sublinhou que poderia ser possível demover potenciais incendiários através do receio de serem apanhados.

Em resposta ao apelo Governador Civil, o major Luís Ventura, da GNR de Vila Real, sublinhou que são várias as dificuldades ao nível da investigação de incêndios criminosos. “Todos nós podemos fazer muito. A responsabilidade do controlo social é uma responsabilidade de todos. Este não é um problema que diga só respeito às polícias”, defendeu o mesmo responsável, sem adiantar o número de incendiários detidos em 2009.

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