Quando faltava menos de uma semana para o sufrágio que vai eleger o novo líder do PSD, Marques Mendes encontrou-se com os militantes vila-realenses. Uma visita que colocou um ponto final num dia marcado pela ameaça de Menezes de recorrer aos tribunais, para repor a legalidade do processo eleitoral e pela troca de “mimos” entre os dois candidatos.
“Quem quer ser líder do PSD não pode baixar a este nível, não pode ter este tipo de comportamento e de linguagem. Se algumas dúvidas existissem, elas dissiparam-se, a partir de hoje. Quem se comporta desta forma não pode ser líder do PSD”, defendeu Marques Mendes, no dia 25, momentos antes de um encontro com os militantes sociais-democratas de Vila Real.
O candidato a líder do PSD respondia, assim, às declarações de Filipe Menezes que, na mesma noite, acusou Marques Mendes de ser “um pequeno tirano” e de não ter “estatura política e, principalmente, ética, para continuar a liderar o partido”.
“Eu acho isto inaceitável, para os militantes, para a imagem e, sobretudo, para o bom nome do partido”, considerou Marques Mendes, numa, muita breve declaração, sem direito a perguntas dos órgãos de comunicação social que esperavam pela reacção do político, momentos antes do início da reunião com os militantes vila-realenses.
Até à hora de fecho desta edição, ainda não havia qualquer desenvolvimento sobre as eleições sociais-democratas. No entanto, é de recordar que, na noite de terça-feira, Filipe Menezes admitiu recorrer aos tribunais, caso se esgotem os “instrumentos” possíveis, dentro do partido.
“Existem duas possibilidades. Uma dentro do partido e outra recorrendo aos instrumentos que existem num Estado de Direito”, explicou o candidato, defendendo que todos os militantes do PSD que pagarem as cotas até sexta-feira devem poder votar nas eleições partidárias, no dia 28.
Maria Meireles