Luvas, desinfetantes, vestuário e bebidas são alguns dos produtos que a MCGad fez chegar à Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) e aos Bombeiros Voluntários de Mirandela (BVM). A doação “ronda os 20 mil euros” e foi “um esforço louco da nossa parte porque somos uma PME (Pequena Média Empresa) e este dinheiro faz toda a diferença”, explicou Rui Barreira, à VTM.
O gerente da empresa diz que a decisão de oferecer os produtos surgiu “depois de verificarmos que afinal, e ao contrário daquilo que o Estado diz, falta muita coisa a quem está na linha da frente e confesso que fiquei surpreendido com a necessidade de alguns artigos”.
Apesar do esforço que uma doação como esta representa para a sua empresa, Rui Barreira não tem dúvidas de que “a situação que atravessamos diz-nos respeito a todos e temos de nos unir, porque o Estado, sozinho, não consegue resolver tudo”.
Quanto ao feedback, garante, “está a ser muito positivo”. “A direção da ULSNE, por exemplo, ficou bastante satisfeita, até porque não há memória de um donativo tão significativo”.
“VEM AÍ OUTRA TROIKA”
Ao contrário de muitas empresas, a MCGad continua “de portas abertas, a trabalhar normalmente”, ainda que “seguindo as regras de atendimento ao público, com apenas dois clientes dentro da loja, e uma quebra brutal na faturação”.
O futuro não será, certamente, fácil para as empresas que, “só devem começar a trabalhar normalmente daqui a um ano”.
Contudo, até que tudo volte ao normal, “levará uns cinco anos”. “Vêm aí tempos muito difíceis. As empresas que contraírem empréstimos agora vão ter de os pagar no espaço de cinco anos, vamos regressar ao tempo da troika”, conclui Rui Barreira.■