A candidatura para os equipamentos está orçada em 529 mil euros e terá uma comparticipação da Comunidade Europeia, através do QREN, de 70 por cento do montante deste investimento e o Governo Civil de Vila Real assumirá os restantes 30 por cento. Na área da intervenção aos fogos florestais, serão adquiridas 1168 botas, 2336 casacões e 2336 calças. O documento contempla ainda a aquisição de 1208 cógulas (tipo capuz com viseira) e 1208 luvas. Para combater incêndios urbanos, serão adquiridos 540 capacetes e 270 conjuntos blusão/calças.
Alexandre Chaves, governador Civil do Distrito de Vila Real, justificou, ao Nosso Jornal, a razão desta candidatura, que envolve todas as corporações do distrito ”Reparamos que o equipamento, quer para os fogos urbanos, quer para os florestais estava em condições «menos operacionais». Em conjunto com os bombeiros, decidimos fazer uma candidatura ao QREN que envolve equipamentos de protecção individual para combate aos incêndios florestais, desde botas, calças, luvas e também uma candidatura para equipamentos para os incêndios urbanos, como os capacetes e conjunto de blusão e calças de protecção contra o fogo”.
“A Protecção Civil é uma das áreas fundamentais de actuação dos Governos Civis. Para além das forças de Segurança, GNR, PSP, PJ e SEF, os bombeiros são grandes agentes da Protecção Civil municipal, Assim, neste sentido, vamos apresentar uma candidatura aos fundos do QREN para equipamentos individuais para sua protecção”.
Segundo Alexandre Chaves, “a candidatura está já em fase de conclusão, sendo que a Comunidade Europeia irá comparticipar com 70 por cento, através do QREN, o Governo Civil assumirá os restantes 30 por cento”.
Estes novos equipamentos vão assim reforçar a componente do equipamento de protecção individual dos soldados da paz. “O bombeiros bem merecem este nosso apoio pelo trabalho que têm desenvolvido e no empenhamento que têm a nível operacional para que as pessoas se sintam mais seguras”, acrescentou.
O Governador Civil garantiu que a candidatura, plurianual, vai ser apresentada até ao dia 15 de Março e a entrega dos equipamentos começará em Agosto. “Parte dela irá realizar-se em 2010 e outra parte em 2011. Assim, os soldados da paz terão melhores equipamentos para acudir a situações de socorro na comunidade”, reafirmou. Todas as corporações acolheram com satisfação esta ideia do Governo Civil e os equipamentos serão distribuídos por todas as corporações conforme as normas da Agência Nacional de Protecção Civil. Sendo que, a quantidade e a especificidade de cada equipamento será entregue tendo em conta o território que as Associações de Bombeiros abrangem, as necessidades que cada uma apresenta e o número de soldados da paz que têm ao seu serviço”.
Para além destes equipamentos, o Governador Civil do Distrito aproveitou para fazer o ponto da situação quanto à intervenção nos quartéis, adiantando mais alguns elementos sobre este assunto. “Temos um projecto de protecção civil mais alargado, quer para a construção, quer para a reparação de instalações. Neste sentido, estamos a construir um quartel em Chaves e a recuperar o quartel de Carrazeda de Montenegro. Vamos tentar construir um novo em Vila Pouca de Aguiar, outro para a Cruz Branca, de Vila Real. Na área da recuperação, estão previstas obras nas instalações da Cruz Verde, nas dos bombeiros voluntários de Favaios e ainda nas instalações de Peso da Régua. É um projecto para melhorar as condições das estruturas que acolhem os bombeiros e, assim, responder às suas necessidades como cidadãos e como soldados da paz”.
Na globalidade, estes projectos orçam os três milhões de euros e darão resposta a situações logísticas que urge reparar. “Há quartéis onde as obras já estão a decorrer. Outras corporações já têm o contrato com o Ministério da Administração Interna e há outros casos, como o da Régua e o de Vila Pouca de Aguiar, em que as candidaturas estão na fase de preparação para a aprovação”, sublinhou Alexandre Chaves.
Este responsável considerou que este conjunto de beneficiações terá reflexo na operacionalidade das várias corporações do distrito. “Não podemos exigir que os bombeiros nos prestem um serviço de qualidade, com as condições operacionais garantidas, se não tivermos na retaguarda, os quartéis, os meios capazes para sermos atempadamente socorridos”.
O Governador Civil do Distrito de Vila Real frisou que “todas as obras previstas têm que estar concluídas até finais de 2011”. “É um passo importante para termos um distrito mais seguro, capaz de garantir às pessoas uma protecção e socorro mais profissional, mais pronta e mais qualificada”, concluiu.
O presidente da Federação Distrital dos Bombeiros de Vila Real, Alfredo Almeida, ficou obviamente satisfeito com esta candidatura. “É de louvar a iniciativa do senhor Governador Civil. Revela uma grande sensibilidade para com as corporações e é, sem dúvida, uma atitude positiva que vem de encontro a uma necessidade premente dos bombeiros. Esta candidatura foi avaliada na última reunião em S. Mamede de Ribatua e todos a consideraram muito importante”. Alfredo Almeida aproveitou para deixar expresso um outro desejo. “Poderíamos apresentar uma candidatura conjunta para a dotação de novas centrais telefónicas nas 27 associações do distrito, pois as que existem actualmente já são obsoletas”.
