A secretária de Estado adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, presidiu hoje, no município transmontano, à assinatura do protocolo com a Câmara Municipal, que cede instalações construídas de raiz para os 19 elementos da equipa do Grupo de Intervenção em Proteção e Socorro (GIPS) da GNR.
O edifício implicou um investimento de meio milhão de euros e fica localizado junto ao centro de saúde, heliponto e base dos meios aéreos para combate a fogos, sendo que os GIPS fazem parte das equipas helitransportadas que fazem o primeiro ataque.
O protocolo destina-se, como explicou a secretária de Estado, à cedência do imóvel que a Câmara Municipal transformou em centro de acolhimento do GIPS da GNR, permitindo que esta equipa tenha condições para a sua missão.
“O edifício está associado a um centro de meios aéreos , onde também os GIPS fazem a primeira intervenção e, portanto, é fundamental esta articulação”, afirmou.
A governante adiantou que, além deste que foi o projeto inicial, encontra-se agora em fase de conclusão o processo para a possibilidade de haver voos noturnos, com a instalação de iluminação no heliponto.
O Ministério da Administração Interna (MAI) “assumiu a responsabilidade dessa valência”, com um custo que deverá rondar os 60 mil euros.
O projeto de execução está pronto, seguem-se os concursos e a secretária de Estado espera que “dentro de quatro cinco meses, no máximo”, esteja concluída a iluminação.
A iluminação permitirá também que o helicóptero de emergência médica do INEM possa operar à noite naquele concelho e prestar socorro à população, como indicou a presidente da Câmara, Berta Nunes.
Isabel Oneto realçou que estes investimentos para a melhoria das condições de operacionalidade estão a ser realizados em articulação entre as administrações central e local.
“Não fossem estes apoios da autarquia, provavelmente não teríamos tão cedo este equipamento à disposição dos operacionais”, declarou.
A presidente da Câmara de Alfandega da Fé, Berta Nunes, esclareceu que o GIPS da GNR esteva instalado numa antiga escola primária que a autarquia adaptou para o efeito, mas “sem muitas condições”.
Logo que teve possibilidade, a Câmara avançou com a candidatura a fundos comunitários para o investimento de meio milhão de euros realizado no novo edifício.
“É muito importante manter aqui o GIPS”, defendeu a autarca, apontando que também economicamente tem efeitos positivos para o concelho, com pouco mais de cinco mil habitantes.
“São homens e mulheres que estão aqui, são jovens, vivem cá, alguns já casaram cá, traz sempre alguma dinâmica”, vincou.
Isabel Oneto indicou ainda que o Governo vai avançar com o projeto de execução do novo quartel da GNR de Alfândega da Fé, estando previsto que a obra possa avançar no terreno em 2020.
O quartel é uma das obras previstas na lei de programação do MAI, com um investimento inicial estimado em 500 a 600 mil euros.
O valor final dependerá, segundo a governante, da resposta do mercado quando a obra for posta a concurso, já que várias empreitadas públicas têm ficado desertas por todo o país, o que tem obrigado a “subir os preços para acompanhar o mercado, sob pena de não haver quem faça as obras”.