Inovação, na Agricultura
Ministro Jaime Silva lançou Pólo Tecnológico
Articulando o trabalho de entidades públicas e privadas e de centros de investigação (entidades de Ensino Superior) nasceu o Pólo Tecnológico no Domínio Agro-Alimentar, um projecto que, sedeado em Mirandela, pretende dar apoio, em inovação, novas tecnologias e conceitos biotecnológicos, a todas as empresas industriais e cooperativas, bem como a associações de agricultores, existentes na região.
O azeite, o vinho, os cogumelos e as alheiras serão os produtos abrangidos na primeira fase de funcionamento do Pólo Tecnológico Agro-Alimentar de Mirandela que foi oficialmente lançado, no dia 4, em cerimónia presidida pelo Ministro da Agricultura, Jaime Silva.
Segundo José Silvano, Presidente da Câmara Municipal de Mirandela, entidade promotora do Agro-Pólo, “o projecto pretende levar, aos produtores, as mais valias da inovação e as novas tecnologias, no desenvolvimento da Agricultura e na qualidade dos produtos regionais”.
A entrar em funcionamento já no próximo ano, o Pólo Tecnológico foi criado, através da parceria entre entidades públicas e privadas, entre as quais a autarquia local, a Direcção Regional de Agricultura de Trás-os- -Montes, Universidades e Institutos Politécnicos portugueses e estrangeiros, bem como instituições bancárias e organizações cooperativas, empresariais e de produtores agrícolas.
Durante a cerimónia, José Silvano apelou ao Ministro da Agricultura para que o Governo desbloqueie a cedência da Quinta de Valongo, para a instalação do pólo, um anseio que ficou garantido por Jaime Silva e que, deste modo, levará a uma redução, em mais de 50 por cento, do orçamento necessário para a constituição do projecto.
Segundo o edil mirandelense, a cedência da quinta vai reduzir os custos “de 30 milhões de euros para 12,5 milhões” e permitirá o reforço no investimento em equipamento mais moderno e na investigação, inovação e formação de novos técnicos.
O representante do Governo classificou a constituição do pólo como projecto pioneiro, na região, como um exemplo a seguir, já que “consubstancia aquilo que o Governo e o Ministério da Agricultura entendem ser fundamental, para a Agricultura portuguesa: descentralização e parcerias”.
José Silvano sublinhou a importância da dinamização do pólo, ao lembrar que mais de 50 por cento da população da região vive, directa ou indirectamente, da Agricultura.
“A saúde do sector agrícola é, também, a saúde da região” – frisou o autarca, exemplificando com uma ideia popular que diz que “quando o ano de azeitona é mau, o ano do comércio também é mau, porque não há dinheiro para gastar”.
A Câmara Municipal de Mirandela espera, agora, que, até o final do ano, o Agro-Pólo seja integrado no Plano Tecnológico Nacional, o que facilitará o acesso aos financiamentos necessários.
Aproveitando a presença do Ministro da Agricultura, José Silvano, mais uma vez, sublinhou, publicamente, a importância da decisão do Governo em sedear, em Mirandela, a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte. Considerando-a como uma decisão de discriminação positiva, para a região, o autarca transmontano pediu, por duas vezes, “uma salva de palmas”, ao Governo de José Sócrates.
Maria Meireles