O ministro defendeu que o ensino tradicional nunca acabará e que "tem de ser complementado com novas práticas e cada vez mais adaptar o processo de ensino à aprendizagem chamada ativa".
“Hoje os estudantes têm acesso a muita informação e, por isso, o papel critico das instituições de ensino superior será sempre criar mentes criativas, estabelecer o diálogo, cada vez mais um contexto de criação que só pode ser feito se o ensino, a investigação e a inovação estiverem em estreita articulação com as empresas”, indicou.
Segundo o governante “criar emprego requer quadros qualificados e o papel do ensino superior em articulação cada vez mais estreita com as empresas é a única solução”, o que “requer também, do lado das instituições do ensino superior, nomeadamente dos politécnicos, a adaptação da oferta formativa, sobretudo através de formações curtas”.
Manuel Heitor afirmou que “a experiência que os politécnicos trouxeram para Portugal das formações curtas iniciais, os cursos técnicos, é hoje crítico também estender-se aos adultos e à pós-graduação”, salientando também que este "é um processo que só pode ser feito com os empregadores”.
O ministro lembrou que, nos últimos 20 anos, após a declaração de Bolonha, Portugal quadruplicou a mobilidade de estudantes, criou as formações curtas, e multiplicou por cinco a formação pós-graduada.
Presente no simpósio esteve também o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Pedro Dominguinhos, que falou sobre o percurso realizado por estas instituições na estratégia de internacionalização e atração de estudantes.
“Os politécnicos são aqueles que em termos percentuais têm revelado maiores percentagens de estudantes estrangeiros nas suas instituições, criando verdadeiras comunidades internacionais”, salientou.
O presidente do CCISP abordou ainda a capacidade destas instituições “de criar valor para as regiões”, o que será comprovado por dois estudos em fase de finalização, apresentados nos meses de fevereiro e março, e que envolveram 13 politécnicos portugueses.