“Esta foi uma escolha filigrânica”, justificou o Ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, sobre as duas individualidades escolhidas pelo Governo para integrar o Conselho de Administração da Fundação do Museu do Douro, uma nomeação que, segundo os estatutos, deveria ter sido feita há mais de cinco meses.
Apesar do derrape temporal na tomada de decisão, Pinto Ribeiro reafirma que “não há nenhum atraso” e que dentro de dias serão divulgados os nomes já escolhidos para ocupar os lugares na administração da Fundação.
“O que eu quero é que haja uma direcção e administração muito coesa para dirigir o processo de criação da rede no Douro”, explicou o representante do Governo, referindo que a escolha foi minuciosa e teve como base a “aposta muito forte na atracção de pessoas e entidades, para que estas se envolvam” no Museu.
À luz do decreto-lei que criou a Fundação, o Conselho de Administração do seu segundo triénio de existência (sendo de realçar que o primeiro mandato terminou em Dezembro de 2008) deverá ser composto por cinco elementos, três dois quais nomeados pelas Câmara Municipais e por privados ligados à instituição.
Relativamente a questão levantada recentemente sobre problemas financeiros do Museu do Douro, o Ministro da Cultura também foi peremptório em desmentir a problemática, revelando que a Fundação “não tem nenhum problema financeiro”. “Há regras, as autarquias assumiram o compromisso de contribuir. Trata-se simplesmente de um processo administrativo e burocrático”, revelou Pinto Ribeiro desdramatizando o facto de apenas cinco das autarquias, representadas na entidade, tenham concretizado o devido pagamento.
A alegada “crise” no Museu do Douro foi lançada aquando da apresentação do programa das comemorações dos 200 anos do Barão de Forrester, altura em que Maia Pinto, director do Museu, deixou um apelo às entidades da região para apoiarem a fundação através do mecenato. O mesmo responsável revelou mesmo que os problemas financeiros fizeram reduzir de 11 para cinco os pólos previstos para a região, ficando os restantes seis à espera de melhores dias.