Américo Andrade, o zelador do santuário, deu a voz e cara ao Nosso Jornal para chamar a atenção para a necessidade de se fazer algumas intervenções naquele local de culto, nomeadamente as acessibilidades. “Isto é um ponto geodésico com cerca de 600 metros. É um miradouro embora não esteja muito bem explorado, porque os acessos são difíceis. Como é óbvio, a principal necessidade do Monte da Cunha são as estradas. Temos vários acessos mas são pouco convidativos. Temos um da estrada para Carlão até ao largo, outro por S. Mamede que é um pouco mais perto, e o caminho da Ribeira, que é o percurso que as pessoas fazem a pé”.
Este responsável apontou outras necessidades. “Precisamos de pontos de luz e água. Quando os visitantes chegam a este local, não têm onde beber água ou refrescar-se. Luz também não há.
Américo Moreira salientou contudo que a Câmara Municipal de Alijó tem auxiliado e mostrou sempre disponibilidade, dentro das suas possibilidades, pois em tempos de crise não há dinheiro para quase nada e assim também não podem ajudar.
O presidente da Câmara Municipal de Alijó, Artur Cascarejo, adiantou que já existe um projecto que irá transformar o espaço de forma mais atractiva, só que neste momento não existe capacidade financeira para se avançar. Porém, o autarca salientou que o processo não é consensual. “Há pessoas que querem que se faça alguma coisa, outras defendem que tudo deve ficar como está”.
De sublinhar que, o município tem feito intervenções de beneficiação nos acessos de terra batida de modo a facilitar a mobilidade dos romeiros e dos turistas. Nossa Senhora dos Prazeres, venerada no Monte da Cunha, é invocada pelos agricultores para acudir em casos difíceis de doenças de animais. A sua gratidão é traduzida no pagamento de promessas “com porcos e vacas de cera”.