“Há muito tempo que queremos testar os nossos idosos nos lares, mas tínhamos que ter testes fiáveis, testes que fossem monitorizados pelo Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Douro I – Marão e Douro Norte”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos.
A 30 de março, o Governo anunciou o lançamento de uma operação de testes em todos os lares de idosos dos concelhos de Lisboa, Aveiro, Évora, Guarda e, um dia depois, o primeiro-ministro disse que esta seria a primeira etapa de uma operação cujo objetivo era o de o cobrir todo o país, a partir de 06 de abril.
“Tendo nós presente que as instituições de ensino superior e a Segurança Social ainda demorariam mais alguns dias a operacionalizar o processo, nós decidimos, mal os testes ficaram disponíveis, adquiri-los e avançamos”, salientou o autarca socialista.
O município de Vila Real assume o custo destes testes, efetuados com zaragatoa, e cujos resultados deverão ser conhecidos até ao próximo domingo.
O rastreio vai ser feito por um laboratório privado “devidamente credenciado” e conta com o apoio e acompanhamento do ACES Marão e Douro Norte, o que, segundo o autarca, “assegura a validade dos resultados obtidos”.
A medida foi tomada devido à “especial vulnerabilidade das populações idosas à covid-19” e será implementada nas estruturas residenciais do concelho, com protocolos estabelecidos com a Segurança Social.
De acordo com o município, em dois dias serão testados todos os utentes do Centro Social e Paroquial (CSP) da Campeã, CSP de Mateus, CSP de São Tomé do Castelo, CSP de Santo António, Lar da Imaculada Conceição da Santa Casa da Misericórdia, Associação Paz e Amizade, Lar de Idosos de Lordelo e a Residência Dom Rodrigo. O rastreio inclui ainda os 14 utentes da Associação de Paralisia Cerebral (APC) de Vila Real.
No total, segundo a autarquia, vão ser testados 279 utentes.