É neste contexto que o autarca de Alijó defende “a possibilidade da existência de uma parceria entre a EDP e as cinco Câmaras com vista à constituição de uma futura empresa que pudesse vir a explorar, não apenas o aproveitamento hidroeléctrico, mas também todas as componentes associadas de desenvolvimento local integrado.
Artur Cascarejo está ciente que se a barragem avançar, haverá todo o interesse em criar um grupo forte de desenvolvimento em torno do vale do Tua. “As Câmaras, à partida, estão disponíveis para estabelecer parcerias com a EDP, mas também haverá empresas interessadas em aproveitar turisticamente as condições criadas pelo lençol de água ou então, um produto de excelência como é a paisagem do Vale do Tua”, sublinha o autarca.
Esta ideia não é nova e tem sido ventilada nas reuniões de Alijó, Vila Flor e agora, também em Mirandela. Artur Cascarejo, fundamenta a sua ideia alegando que a zona em questão é uma outra oferta turística diferente da do Douro, e até poderão complementar-se. “Não queremos aqui um outro Douro, sabemos que o Vale do Tua tem outras valências. Pretendemos fixar mais turistas na nossa região”.
O autarca aproveitou para frisar outra ideia, que passa pela construção de um acesso ao futuro IC 5. “É necessária uma ligação rodoviária que permita o acesso de algumas aldeias a esta via. Que tenha como único objectivo não deixar povoações isoladas, que vejam um acesso rodoviário tão perto, mas que se pode tornar muito longe. Obviamente, que estamos a falar de uma estrada com um mínimo impacto ambiental. Respeitando perfeitamente a natureza e com um projecto de arquitectura paisagista adequado”, salienta Artur Cascarejo.
Entretanto o Nosso Jornal soube que poderá estar na forja uma solução que poderá significar que o troço da Linha da Tua, entre o local da Barragem e a estação de Brunheda, deverá mesmo ficar submerso, salvando-se no entanto, o restante troço e o complexo termal das Caldas de Carlão.