Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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Músicas do Mundo despede-se e Douro Jazz prepara-se para entrar nas escolas

Na sua recta final, já é possível fazer um balanço “muito positivo” do festival que trouxe a Vila Real músicas de todo o Mundo para um público de mais de 12 mil espectadores. Depois do próximo sábado, as atenções vão virar-se para o Douro Jazz que, com início marcado para o dia 17, além de dezenas de concertos realizados em vários concelhos transmontanos, vai levar aquele estilo musical aos mais jovens, ao ‘invadir’ as escolas da região.

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No próximo sábado caberá ao grupo francês “Les Madeleines” as honras de encerrar o Festival Músicas do Mundo que, na sua sétima edição, deverá voltar a bater recordes ao somar mais de 12 mil espectadores em 12 concertos realizados no auditório exterior do Teatro de Vila Real.

Apesar de considerar que os números não são o mais importante, mas sim a “regularidade do público”, Vítor Nogueira, director do Teatro de Vila Real, está satisfeito com a resposta dos espectadores que, quando ainda falta um concerto para o encerramento do Festival de Música, fazem parte de um total de mais de 11 mil pessoas.

“O nosso objectivo mínimo era chegar aos 10 mil espectadores, mas com o próximo concerto deveremos bater o recorde dos 12 mil”, contabilizou o mesmo responsável.

Além da qualidade e diversificação dos grupos e do facto de se tratar de um festival gratuito, Vítor Nogueira junta à lista de ingredientes do sucesso do ciclo de concertos de Verão o bom tempo que se verificou durante os últimos três meses, o que permitiu que todos os concertos se realizassem ao ar livre, ao contrário de outros anos, em que as condições meteorológicas obrigaram que espectáculos passassem do auditório exterior para o grande auditório, limitando assim o número de lugares da assistência.

Numa altura de crise, o Teatro de Vila Real conseguiu, mais uma vez com um “orçamento apertado”, fazer um festival “tão bom ou melhor que nas edições anteriores”. “Estiveram 12 países representados em 12 concertos. Foi um esforço grande com uma logística complexa”, sublinhou Vítor Nogueira, recordando que com pouco dinheiro foi preciso garantir viagens internacionais, estadia e alimentação de artistas e equipas técnicas.

Com um orçamento de 70 mil euros, incluindo o transporte internacional dos grupos, o Festival foi, pela segunda vez consecutiva, comparticipado por fundos comunitários, que cobriram cerca de 70 por cento do valor investido apenas no ‘cachet’ dos grupos (cerca de 60 mil euros).

Relativamente ao ponto alto do festival, o director do Teatro realça o concerto de abertura da cantora Tereza Salgueiro, que trouxe até ao auditório exterior mais de 1500 pessoas. “No entanto, insisto em dizer que, mais que o número de pessoas, a regularidade do público é que é importante ressaltar”, explicou.

Com o Festival de Músicas do Mundo na recta final, prepara-se agora mais uma edição do Douro Jazz, um festival que, como o próprio nome indica, traz a música Jazz ao Douro em um mês de concertos com início marcado já para o próximo dia 17.

Sem querer ainda levantar o véu sobre os nomes que actuarão na região duriense em época de vindimas, o director do Teatro de Vila Real revelou, ao Nosso Jornal, em primeira-mão, a grande novidade estrutural do programa do festival, a aposta no serviço educativo levando às escolas dos concelhos parceiros na organização dos concertos de jazz.

“O Douro Jazz nasceu associado à época de vindimas, este ano queremos associá-lo também ao início do ano escolar”, explicou Vítor Nogueira. Centenas de crianças vão poder assim assistir a espectáculos de jazz, num esforço dos parceiros do festival para a criação de novos públicos.

De recordar que, na edição do ano passado o Festival somou 12 mil espectadores, num total de 66 espectáculos realizados em seis concelhos transmontanos.

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