“Há 10 anos abríamos uma escola, tínhamos 30 inscritos e ficavam 20, agora temos 15, temos de tentar completar a turma” e ficam pouco tempo.
“O maior problema das corporações é arranjar pessoas, que são o meio mais valioso”, frisa.
Os incêndios são apenas 4% da atividade, e os meios são hipotecados no transporte de doentes, socorro de emergência médica, acidentes e incêndios urbanos. “Fazemos uma média de 350 socorros por mês, mais de 10 por dia. Temos 20 ambulâncias, que transportam pessoas para Porto, Vila Real, Mirandela e Macedo, quase 80 doentes para hemodiálise e outros tantos para fisioterapia”.
“O maior problema das corporações vai ser arranjar pessoas, e é o meio mais valioso”
Carlos Martins – Comandante
Todos os dias “é como ir a Bruxelas e voltar”, ou seja, mais de 30 mil quilómetros. Com o aumento dos combustíveis, a atividade “não é lucrativa, mas paga-se a si própria” e é uma obrigação. “Imagine que os bombeiros, porque não dá lucro, paravam esse serviço, quem é que transportaria os idosos e doentes?”, questiona, vendo-o como um acompanhamento, que “vai além de transportar pessoas”.
Também o presidente da Associação Humanitária, José Fernandes, defende que “o serviço faz-se, depois logo se vê, as pessoas não iriam entender que alguém ficasse sem socorro”.
A corporação tem duas Equipas de Intervenção Permanente e está, em processo de negociação com a câmara, a tentar criar a terceira.
José Fernandes, explica que a direção pugna por “uma gestão equilibrada”, para “proporcionar ao corpo ativo todos os meios necessários”, e que a população “seja socorrida com meios eficientes e modernos e, por outro lado, temos os bombeiros motivados”, para fazerem “o que sabem, salvar bem, depressa e em segurança”.
Considera que os Bombeiros de Bragança “são uma referência a nível nacional”, nomeadamente pelos recursos humanos.
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