No jogo que fechou a 25ª jornada, Gil Vicente e Desportivo de Chaves não foram além do nulo, pelo que, em Barcelos, o galo não cantou e o jogo deixou poucas saudades.
Os gilistas procuravam atingir os 30 pontos, enquanto os transmontanos, depois da copiosa derrota caseira com o Arouca (1-5), também tinham em mente a conquista dos três pontos e darem uma imagem diferente.
Mais tranquila na tabela classificativa os galos desde cedo assumiram as despesas do jogo. No entanto, só aos 17′ tiveram a primeira situação de golo com o Maxime Dominguez a rematar em arco ao poste de Hugo Souza.
Os transmontanos procuravam sair em transição sobretudo por João Correia, que surgiu a jogar ao lado de Hector Hernández, e de Benny, mas sem conseguirem construir situações de golo.
O caudal ofensivo era dos galos que aos 30’ viram Hugo Souza fazer a melhor defesa do jogo ao defender um remate do irrequieto Maxime Dominguez, o mais esclarecido dos locais. Também aos 41′, Mory Gbane obrigou o guardião brasileiro dos flavienses a boa intervenção.
Na etapa complementar o domínio da equipa de Vítor Campelos foi maior, mas sem grande intensidade e sem correspondência em situações de golo. De resto, apenas há a registar um remate com algum perigo de Félix Correia em período de compensação (90+3’). Do outro lado, os transmontanos apenas assustaram num remate em arco de João Correia (70’) com a bola a sair ligeiramente sobre a trave.
A divisão pontual ajusta-se ao desenrolar do encontro em que a organização defensiva transmontana acabou premiada.
O jovem internacional de Aveiro, Cláudio Pereira, que foi bem auxiliado, fez um trabalho seguro, procurando apitar o menos possível.
COMENTÁRIOS
MORENO TEIXEIRA, treinador do Chaves
“É preciso fazer algo mais para alcançar o objetivo. No momento sem bola demos uma resposta razoável, mas no outro momento, com bola, temos que melhorar. Faltou critério no último passe, o Gil foi mais equipa. Ganhámos um ponto, mas, no momento em que estamos, precisávamos de pontuar mais”.
VÍTOR CAMPELOS, treinador do Gil Vicente
“Foi um jogo de sentido único. O Chaves não fez um único remate à nossa baliza e quando o guarda-redes adversário é o melhor em campo, isso quer dizer alguma coisa. Faltou-nos eficácia. Criamos oportunidades, um caudal ofensivo para outro desfecho. Este resultado é injusto, mas é mais um ponto na nossa caminhada”.
DESTAQUE
Num encontro onde não houve figuras que se destacassem, o guarda-redes brasileiro acabou por estar num patamar ligeiramente acima, sobretudo por duas boas defesas que fez na etapa inicial a impedir o golo a Domiguez e Mory Gbane. Esteve sempre, sendo este dos poucos em que a sua baliza ficou a zeros.
FICHA TÉCNICA
GIL VICENTE, 0 | CHAVES, 0
Estádio Cidade de Barcelos (Barcelos)
Árbitro: Cláudio Pereira (Aveiro)
Auxiliares: Tiago Costa e André Almeida
GIL VICENTE: Andrew; Alex Pinto (Thomas Lopes, 89’), Rúben Fernandes, Gabriel e Leonardo Buta; Mory Gbane, Martim Neto (Pedro Tiba, 77’) e Maxime Dominguez (Fujimoto, 67’), Tidjany Touré (Murilo, 77’), Ali Alipour (Depú, 67’) e Félix Correia
Treinador: Vítor Campelos
CHAVES: Hugo Souza; Ygor Nogueira, Vasco Fernandes e Júnior Pius; Carraça, Dário Essugo, Kelechi (Pedro Pinho, 90+5’) e Benny (Hélder Morim, 90+5’), João Correia (Leandro Sanca, 74’), Héctor Hernández (Jô Batista, 74’) e Raphael Guzzo (Rúben Ribeiro, 63’)
Treinador: Moreno Teixeira
Cartões Amarelos: Mory Gbane (63’), Carraça (66’), Tidjany Touré (76’), Vasco Fernandes (86’) e Depú (86’ e 90’)
Cartão Vermelho: Depú (90’)