Sábado, 7 de Dezembro de 2024
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Níveis de ozono voltam a ultrapassar limites

Com a chegada do Verão, chegam também as habituais informações sobre as elevadas concentrações de ozono na estação de monitorização de Lamas d’Olo. O aumento das temperaturas, poluentes provenientes do tráfego e de indústrias, ou a deslocação de massas de ar quente vindas do Norte de África, várias são as justificações que estão na base do fenómeno, que deve ser encarado pelos cidadãos com alguns cuidados.

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Na última semana, dias 28 e 31, e segundo dados provisórios da Base de Dados on-line sobre a Qualidade do Ar, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), os níveis de concentração de ozono em Lamas d’Olo, no Alvão, local onde está instalada uma Estação de Monitorização da Qualidade do Ar, ultrapassaram por quatro vezes o limiar de alerta máximo.

No dia 28, os dados apontam para três ultrapassagens do limiar de alerta (240 microgramas por metro cúbico de ar), sendo de referir que o valor mais alto, 285 microgramas, foi registado entre as 19h00 e as 20h00.

Também no sábado, dia 31, a estação de monitorização apontou para uma forte concentração daquele poluente, registando, no entanto, um valor muito mais próximo do limiar de alerta, 241 microgramas por metro cúbico de ar.

Quando os níveis de concentração de ozono ultrapassam os 180 microgramas por metro cúbico de ar, é obrigatório informar a população, e quando a concentração média ultrapassa os 240 microgramas por metro cúbico de ar, as autoridades lançam um alerta.

Desde Junho que a estação vila-realense vem ultrapassando os limites de informação, sendo de contabilizar, segundo os dados disponibilizado on-line pela Agência do Ambiente, mais de quatro dezenas de ultrapassagens do limiar de informação à população.

Durante esses períodos de ultrapassagem, as pessoas mais sensíveis (crianças, idosos, asmáticos e indivíduos com problemas respiratórios) devem evitar inalar uma grande quantidade de ar poluído, especialmente durante o período mais quente (durante a tarde). Por este motivo, a actividade física intensa ao ar livre deve ser reduzida ao mínimo.

Devem também ser evitados outros factores de risco, tais como o fumo do tabaco e a utilização de produtos irritantes contendo solventes na sua composição, uma vez que estes podem agravar os efeitos da exposição a concentrações elevadas de ozono, sendo que, os grupos de população particularmente vulneráveis a este tipo de poluição devem também respeitar escrupulosamente os tratamentos médicos em curso ou recorrer a cuidados médicos, em caso de agravamento de eventuais sintomas.

Segundo a APA, o ozono “forma-se ao nível do solo como resultado de reacções químicas que se estabelecem entre alguns poluentes primários, tais como os óxidos de azoto, os compostos orgânicos voláteis (COV) ou o monóxido de carbono. Estas reacções dão-se na presença de luz solar, sendo particularmente importantes no Verão”. Na sua origem estão os “poluentes primários provenientes do tráfego, das indústrias, dos aterros sanitários, de tintas e solventes, das florestas (principalmente COV) e de outras pequenas fontes (estações de serviço, equipamentos mecânicos de jardinagem)”.

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