Rui Gonçalves é o piloto no historial desta prova com o maior número de participações, totalizando nove no total. Gonçalves estreou-se neste evento em 2001, ano em que Portugal obteria o oitavo posto, posição que repetiria em 2005 no circuito de Ernée. Desde então, Rui Gonçalves só não representou as cores nacionais em 2008, pelo facto de estar lesionado.
Para Rui Gonçalves, o nono posto alcançado foi um justo prémio por uma época que não começou da melhor forma, fruto de uma lesão no ombro, mas que termina num bom momento de forma.
Desde cedo que o piloto da KTM deu excelentes indicações na pista de Thunder Valley, ao mostrar que a sua experiência internacional trazia grandes valias, e que transmitiu aos seus colegas de equipa, trocando informações sobre escolha de trajectórias e outras situações de corrida.
Na primeira manga, Rui Gonçalves esteve em grande plano ao classificar-se no nono posto, imiscuindo-se na luta pelas posições cimeiras e lançando a equipa portuguesa no “Top Ten” desta prova.
A segunda manga seria “dolorosa” para Gonçalves. O piloto da KTM 350 passava na primeira volta na 12ª posição, mas a projecção de uma enorme pedra de um adversário contra o seu peito provocava-lhe forte dores que por pouco não obrigaram ao abandono. Mesmo assim, Gonçalves cerrou os dentes e levou a sua moto até final conseguindo mais um resultado histórico para o motocross português.
Rui Gonçalves: “Estou bastante contente com este resultado. Para mim é mais um bom exemplo de que Portugal continua a ter muito bons pilotos de motocross.
Entrei confiante nesta prova, embora a pista de Thunder Valley tivesse um traçado bastante diferente daquilo que estamos habituados no Mundial de MX, especialmente no tipo de saltos que exigiam muito empenho e dedicação.
A primeira manga foi excelente. Entrei bem e fiz o melhor que pude e por isso o nono posto foi uma posição bastante gratificante.
Na segunda manga voltei a entrar bem, embora a partida não tenha sido tão produtiva. O problema foi que logo no inicio levei com uma pedra enorme no ombro que me provocou fortes dores e quase me levou ao chão . A partir desse momento, pensei que não iria acabar a manga, mas não desisti e levei a moto até ao fim. No fim, descobri que o impacto foi tão forte que até partiu o meu capacete na zona da queixeira.
Queria terminar dando os parabéns aos meus colegas de equipa, Luís Correia e Hugo Basaúla, estiveram ao mais alto nível e deram um contributo decisivo na obtenção deste grande resultado”.