Jorge Almeida apresentou, no dia 21, a sua candidatura à Câmara Municipal do Peso da Régua, focando, no seu primeiro discurso, os erros que a autarquia PSD promete cometer num próximo mandato, “erros da maior gravidade” ao nível do ordenamento urbano.
Como recordou o candidato, o actual executivo social-democrata “pretende construir piscinas ao lado do Palácio da Justiça, no actual parque de estacionamento, um local que merecia tratamento e requalificação compatível com um melhor enquadramento na envolvência residencial e de serviços”.
Jorge Almeida propõe mesmo que ali seja construído “um largo, uma praça, onde ao estacionamento fosse acrescentado embelezamento dum moderno espaço público”, mas não, “Piscinas Municipais, com o Palácio da Justiça, o Hospital, o Centro de Diálise, o Novo Centro Escolar”, ou seja “muitas centenas de pessoas a convergir diariamente para o mesmo local”.
Outro projecto da autarquia ao qual o candidato aponta o dedo é a construção do auditório e respectivo parque de estacionamento subterrâneo na Alameda dos Capitães. “Em jardim público, consolidado e embelezado há poucos anos. Porquê construir estes novos equipamentos nestes locais? Porquê amontoar e afunilar a cidade?”, questionou.
“Somos pela construção destes equipamentos, mas em espaços próprios, alguns já existentes, e outros que resultem do desenvolvimento de novas centralidades. Somos por uma cidade ordenada e desafogada, e frontalmente contra a cidade amontoada do PSD”, explicou o candidato.
Com 54 anos de idade, o médico é actualmente deputado na Assembleia da República, eleito pelo círculo de Vila Real, em 2005, integrando as Comissões de Saúde e Sub-Comissão de Agricultura, onde é coordenador do seu Grupo Parlamentar.
Realçando que “no momento actual, tendo presente os indicadores demográficos e de poder de compra e considerando a dimensão do tecido empresarial do concelho, urge introduzir uma nova orientação”, Jorge Almeida, sublinhou a necessidade de uma “polícia autárquica de nova geração”.
Na apresentação do candidato marcou presença Pedro Silva Pereira, ministro da Presidência e membro do secretariado nacional do partido, que referiu a “sorte” dos reguenses em terem um candidato como Jorge Almeida, lembrando que este “foi sempre um advogado de defesa da região” mesmo quando essa posição implicou “levantar a voz e reivindicar”, chamando “a atenção ao seu próprio Governo”.
“A Régua tem que tomar a dianteira do seu desenvolvimento”, considerou o ministro, revelando a necessidade de tornar evidente que “visitar o Douro e não ir a Régua é como ir a Roma e não ver o Papa”.
Nuno Cardoso, presidente da Comissão de Honra da candidatura, também exaltou as virtudes do candidato. “Já é a segunda vez que aceita o desafio”, chegou a hora do concelho duriense “agarrar a oportunidade de ser liderado por alguém que conhece e luta pela sua terra”.