Depois de um compasso de espera que durou vários anos, foi publicado em Diário da República, no dia 23, o anúncio da abertura do concurso público para a construção do futuro edifício/sede da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública e Cruz Branca de Vila Real.
Orçado em 1 milhão e 250 mil euros, depois de encerrado o concurso e escolhida a melhor proposta, o início da obra do futuro quartel dependerá da luz verde do financiamento no âmbito do Quadro de Referência Nacional Estratégico (QREN). “O projecto foi apreciado e aprovado pelo Ministério da Administração Interna, por isso a confirmação pelo QREN é um processo burocrático de confirmação de documentos e anexos”, explicou Álvaro Ribeiro, comandante da corporação vila-realense, que tem já a garantia por parte do Governo de um apoio de 70 por cento do total do investimento.
Assim, se não for possível o início da obra ainda este ano, a construção arrancará “com certeza” no início de 2010, e, tendo um prazo de 18 meses para conclusão, deverá estar pronta a inaugurar em meados de 2011.
De recordar que as novas instalações da Cruz Branca vão ser construídas num terreno, na zona da Flores, doado há vários anos pela Câmara Municipal de Vila Real à Associação Humanitária, tendo sido mesmo realizada uma cerimónia de colocação da primeira pedra do quartel há mais de cinco anos.
Desenhado pelo arquitecto Adriano Ferreira, o futuro quartel da Cruz Branca terá dois andares, sendo que, no piso inferior contará com um parada de honra e outra operacional, uma recepção e área administrativa, uma “Sala do Bombeiro” com um refeitório, um espaço para armazenamento de material de combate e fardamento, camaratas e balneários masculinos, oficina, lavandaria e casa de máquinas.
No mesmo piso será construído o parque de ‘viaturas brancas’ (ambulâncias) e o de ‘viaturas vermelhas’ (veículos de combate a incêndios), com a particularidade de, em ambos, para sair com um veículo, não será necessário manobrar qualquer outro que ali esteja estacionado.
Os gabinetes da direcção, a zona do comando, salas de formação, camaratas e balneários femininos e ainda uma área de expansão, ficarão localizados no piso superior, onde, em caso de necessidade, poderão ser construídos espaços para outras valências.
“Na versão inicial, o projecto contava com uma casa escola com dois pisos”, explicou, na altura da apresentação oficial do projecto, o comandante da corporação, referindo que a estrutura, por exigência das normas previstas no âmbito do concurso para a atribuição de verbas, teve que ser excluída. No entanto, como garantiu, a casa escola, considerada “indispensável”, será uma realidade através do recurso a outras verbas.
Com um corpo activo de mais de 125 homens e um parque automóvel de mais de duas dezenas de viaturas, a Cruz Branca comemorou este ano o seu 112º aniversário, sendo de realçar que desde 1966 está sedeada nas actuais instalações.