Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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Novo rosto, novas instalações e a promessa de um futuro ainda melhor para a modalidade

No dia em que o Basket Clube festejou o seu 14º aniversário, atletas, pais, treinadores e direcção reuniram-se num jantar onde a ‘prenda’ foi um conjunto de novidades, nomeadamente a apresentação da maquete do futuro Centro de Treinos, uma nova imagem, a possível atribuição do Estatuto de Interesse Público e, ainda, o lançamento de um projecto que vai permitir a prática do basquetebol por filhos de imigrantes e de outros jovens do concelho que, actualmente, não têm acesso à modalidade.

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O Centro de Treinos do Basket Clube de Vila Real (BCVR), um investimento de 350 mil euros incluído no Programa Articular, deverá estar concluído em Setembro, adiantou, ao Nosso Jornal, Carlos Lima, presidente da direcção do clube vila-realense, que, no dia 28, comemorou o seu 14º aniversário.

Durante um jantar comemorativo, onde foi já apresentada a maquete do projecto de execução, cuja obra deverá ser iniciada “em breve”, Carlos Lima referiu que o futuro Centro de Treinos será construído de raiz num terreno junto ao bairro de Santa Maria, fazendo assim parte de um projecto de requalificação mais amplo da zona que incluirá não só um troço da ciclovia urbana, mas também um “espaço de lazer junto ao rio Pequeno e uma pista de BTT”.

“No âmbito da parceria com a autarquia no Programa Articular, durante o dia, o Centro de Treinos vai desenvolver várias actividades de manutenção física dedicadas à população sénior, carenciada ou não”, em especial do Bairro de Santa Maria, referiu o mesmo responsável, revelando que, a partir do final da tarde, o edifício receberá então os treinos das 11 equipas dos clubes.

Com mais de duas centenas de atletas, entre os quais 160 federados, o BCVR tem agora os seus treinos distribuídos por cinco pavilhões da cidade, uma situação que ficará resolvida com a concentração da prática diária dos basquetebolistas no Centro de Treinos, que disponibilizará três campos com todas as condições exigidas pela federação para a prática da modalidade.

Durante a comemoração, que reuniu, “pela primeira vez num jantar”, atletas e familiares, treinadores e patrocinadores, foi ainda apresentado o novo símbolo do clube, que tem como figura central o Lobo Ibérico, bem como os equipamentos das equipas nesta época desportiva. “Optamos pela adopção do Lobo Ibérico (que tem como habitat a Serra do Alvão) para o logótipo do clube com o objectivo de marcar a ligação entre o clube e a região”, explicou o dirigente.

Carlos Lima apresentou ainda a candidatura do clube ao Programa Escolhas que, lançado pelo Ministério da Solidariedade e do Trabalho, através do Alto Comissariado para Imigração e Diálogo Intercultural, a ser aprovado, vai permitir, durante três anos, um investimento de 150 mil euros na promoção do basquetebol junto dos filhos dos imigrantes de países de Leste que residem em Vila Real. “Esse é o nosso público-alvo, mas o projecto poderá abranger jovens de outras nacionalidades, e mesmo crianças vila-realenses residentes nas zonas rurais do concelho, que, por falta de condições financeiras, ou mesmo por falta de transportes, estão isolados dessa prática”, explicou.

Mais, Carlos Lima referiu ainda que, no âmbito do mesmo projecto, o BCVR vai poder receber jovens atletas de concelhos vizinhos que estão actualmente impedidos de jogar basquetebol nos clubes locais devido a não existência de equipas que englobem os seus escalões etários.

Até à hora de fecho desta edição, não foi possível confirmar a aprovação do projecto, no entanto, há a realçar que, caso receba luz verde do Programa Escolhas, que já vai na sua quarta geração, este deverá ‘entrar em acção’ já no início de 2010.

O clube, que, com equipas desde o mini-basquete aos seniores (à excepção do sub-16 e seniores femininos) recebeu, este ano, o prémio nacional Cremildo Pereira, e viu assim ser reconhecida a sua excelência ao nível da formação em basquetebol, espera ainda a confirmação relativamente à atribuição do Estatuto de Interesse Público.

Manuel Martins, presidente da Câmara Municipal de Vila Real, também reconheceu o trabalho desenvolvido pelo BCVR, defendendo que, apesar da modalidade ser já a segunda mais praticada a nível da região e do país, é preciso reivindicar a participação das equipas em campeonatos vizinhos, como de Viseu ou Aveiro, para permitir que os jovens tenham um nível de competitividade superior, já que, pela falta de equipas, “a nível regional, as competições ainda apresentam um fraco nível” desportivo.

O edil lembrou ainda que o próximo ano ficará na história do desporto em Vila Real com a inauguração, “no Verão”, do Pavilhão Municipal, uma infra-estrutura pensada para a realização de competições nas várias modalidades. “Tendo em conta o interesse que a infra-estrutura está a despertar ao nível das associações locais e mesmo das federações, acredito que será possível uma semana inaugural repleta de eventos de desportivos de carácter nacional e mesmo internacional”, referiu o mesmo responsável político.

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