Recentemente, Francisco Silva, o presidente do conselho de administração, já tinha deixado a garantia que as obras seriam retomadas até ao final de Agosto, revelando, no entanto, que o atraso de mais de oito meses é “irrecuperável”.
Logo no início da escavação do túnel, a empresa Água do Marão interpôs duas providências cautelares, a primeira das quais impediu a monitorização das captações pela concessionária, um procedimento que, alegadamente, estaria a turvar a água.
De recordar que, as obras foram suspensas pela primeira vez no dia 10 de Novembro do ano passado, tendo recomeçado seis meses mais tarde. O novo arranque dos trabalhos foi assinalado, no início de Maio, com pompa e circunstância e na presença do Primeiro–ministro e de outros membros do Governo. Um mês depois nova interrupção.
Com um investimento previsto de construção de 350 milhões de euros e a mobilização 88 pequenas e médias empresas e mais de 1120 pessoas, o troço do Túnel do Marão vai somar 30 quilómetros de extensão, sendo que o túnel propriamente dito contará com 5,6 quilómetros.
O troço, que ligará os concelhos de Amarante e Vila Real, beneficiando directamente cerca de 120 mil habitantes, será depois complementado com a construção da chamada Auto-estrada Transmontana, que, com 186 quilómetros de via, e também já em obra, ligará a capital vila-realense a Bragança num investimento de 500 milhões de euros, constituindo assim a totalidade da A4.