Quarta-feira, 4 de Dezembro de 2024
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Onda de gripe não trouxe problemas ao distrito

“Estamos bastante atentos ao surto de gripe, no entanto não houve dificuldades de maior, a registar, no distrito” – adiantou o Coordenador da Sub-Região de Saúde de Vila Real que abrange 16 Centros de Saúde e ainda o Serviço de Urgência da capital do distrito que, só no mês de Janeiro, recebeu 4.706 utentes. Em […]

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“Estamos bastante atentos ao surto de gripe, no entanto não houve dificuldades de maior, a registar, no distrito” – adiantou o Coordenador da Sub-Região de Saúde de Vila Real que abrange 16 Centros de Saúde e ainda o Serviço de Urgência da capital do distrito que, só no mês de Janeiro, recebeu 4.706 utentes. Em comunicado, o Mistério da Saúde apelou a que a população se informe, nas linhas telefónicas de Saúde, antes de recorrerem às urgências locais.

 

Durante o mês de Janeiro, o Serviço de Atendimento – Serviço de Urgência (SASU) de Vila Real registou uma média diária de 152 utentes, uma taxa que subiu, para os 165 doentes por dia, nas primeiras duas semanas de Fevereiro, adiantou fonte daquele serviço, ao Nosso Jornal.

Segundo a mesma fonte, o SASU, situado na Quinta da Redonda, o mês de Janeiro, contou com um total de 4.706 atendimentos (sendo de realçar que o período diário com maior afluência foi entre as 16 e as 20 horas), e os primeiros 15 dias de Fevereiro com 2.479.

José Maria Andrade, Coordenador da Sub-Região de Saúde de Vila Real, explicou que “o serviço foi reforçado, com mais um médico (contando, actualmente, com três)”, logo no início do ano, “quando se começou a falar de um possível surto de gripe”, uma problemática que, no entanto, não se fez sentir, em Vila Real, como garantiu o mesmo responsável.

Apesar do balanço do responsável pela Sub-Região de Saúde, o Nosso Jornal teve conhecimento de vários casos, em que a espera, para o atendimento no Serviço de Urgência, ascendeu às três horas, como foi o caso de Fátima Garcia, de 28 anos, que recorreu àquele serviço, no início de Fevereiro.

“Fui logo de manhã, mas como vi que estava cheio e que ia perder toda a manhã, optei por voltar, à tarde”, lembrou a jovem que, por volta das 14.30 horas, regressou às urgências, para uma espera que se prolongou até às 18 horas.

“Demorei pouco mais de cinco minutos, no consultório do médico, e vi que muitas pessoas também demoravam pouco tempo. Não percebi o porquê de tantas horas, para ser atendida”, sublinhou Fátima Garcia que, com sintomas de gripe, teve que dividir a sala de espera com dezenas de pessoas.

Poucos dias antes, também Maria de Deus Meireles teve que enfrentar uma espera que se prolongou, desde as 19 às 21 horas, com a neta, de um ano e meio, a qual, depois de ter sido observada por um dos médicos de serviço, foi encaminhada para as urgências pediátricas, no Centro Hospitalar Vila Real/Peso da Régua, numa odisseia que durou até perto das 23 horas.

Apesar dos testemunhos, José Maria Andrade referiu que esses “são casos pontuais”, realçando que a única situação mais complicada do distrito se viveu no Centro de Saúde de Ribeira de Pena, no início de Fevereiro, a qual foi, prontamente, resolvida.

Segundo dados do Centro de Saúde número 1 de Vila Real que, alternadamente, com o Centro de Saúde de Mateus, é responsável pela gestão do SASU, em Janeiro, registaram-se 1.128 utentes, entre as 8 e as 12 horas; 1.180, entre as 12 e as 16 horas; 1.231, entre as 16 e as 20 horas e 1.167, no período compreendido entre as 20 e as 24 horas, o que significa uma média de cerca de 151 utentes, por dia.

Já nas duas primeiras semanas de Fevereiro, a taxa de ocupação do Serviço de Urgência vila-realense apresentou uma média de 165 utentes, por dia, sendo de realçar que a maior afluência foi no horário entre as 20 e as 24 horas, altura em que 673 pessoas recorreram ao SASU.

Em comunicado, divulgado no dia 16, o Ministério da Saúde salientou que “o actual surto gripal origina um aumento da procura dos Serviços de Saúde, quando comparado com o período homólogo do ano passado”.

O mesmo documento apela a que a população recorra à Linha de Saúde Pública (808211311, para adultos) ou à Linha Saúde 24 (808242440, para crianças), “para obterem esclarecimentos ou informações, antes de se dirigirem aos estabelecimentos de Saúde”.

“Na eventual necessidade de conselho ou observação médica”, os utentes devem dirigir-se ao seu médico de família ou, “na sua impossibilidade, à consulta de atendimento complementar dos Centros de Saúde”, sendo de realçar que, segundo o mesmo comunicado, “os Centros de Saúde fornecerão, gratuitamente, quando necessária, a medicação analgésica/antipirética adequada à sintomatologia, para as primeiras 24 horas”.

 

Maria Meireles

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