Um grupo de investigadores da Universidade de Trás-os-Montes (UTAD), ligados ao Departamento de Zootecnia, promoveu um debate para tentar desmistificar o real impacto da produção animal no ambiente.
Divanildo Monteiro, diretor do departamento de Zootecnia da UTAD, revelou à VTM que foi reconhecido o impacto do setor nas emissões globais de “origem antropogénica correspondente a 14,5 por cento dos gases com efeito estufa, sublinhando que os restantes 84,5 por cento da responsabilidade vem de outros setores”, como é o caso da produção de energia, transportes, manufatura e construção, tratamento de resíduos urbanos.
O professor defendeu que o setor da produção animal é mesmo um dos que tem uma responsabilidade “diminuta”, uma vez que a produção depende da saúde do planeta. “Quando as condições climáticas são mais previsíveis, chove quando é suposto chover, faz sol quando é suposto fazer, é possível fazer uma atividade pecuária mais cuidada”, salienta, adiantando que os produtores pecuários “não são um conjunto de criminosos”, como querem fazer crer. “Eles são os primeiros que estão preocupados com o planeta, porque a atividade deles depende efetivamente da saúde do planeta. E quando isso funciona bem, os produtores de animais são os principais beneficiários, quando funciona mal, os produtores também são os principais prejudicados”.
O investigador frisa ainda que os portugueses “são felizes a comer” e parece que se criou uma ideia “fundamentalista” que não devemos comer isto ou aquilo, quando o devemos “fazer com a devida moderação”.
Nos últimos 50 anos, quando ainda ninguém falava de impacto ambiental, de economia circular, já os produtores faziam tarefas muito importantes para proteger o ambiente, como o que fica de lado dos produtos como a farinha, a cevada, o açúcar, que os animais consumem. “Ou seja, eles consumem produtos que nós não conseguimos usar, transformando-os em proteína animal de elevadíssimo valor biológico, que de
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