Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2024
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Parque de Ciência e Tecnologia ‘encravado’ pela burocracia

As primeiras previsões apontavam para o início da sua construção nos primeiros meses de 2009, no entanto, o projecto do Régia Douro Park tem-se arrastado, segundo Manuel Martins, graças ao atraso na decisão sobre o seu financiamento. Sobre a impugnação levantada pela Ordem dos Arquitectos, o autarca mostra-se certo de que “será feita justiça”.

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Dois meses depois da entrega da candidatura do Parque de Ciência e Tecnologia de Vila Real para a contratualização dos fundos comunitários que permitirão a sua construção, a Associação para o Desenvolvimento do Régia Douro Park ainda não recebeu qualquer resposta, uma situação que, segundo Manuel Martins, presidente de Câmara Municipal de Vila Real, deve-se ao excesso de burocracia do processo.

“No Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) são tantas as regras, tanta a burocracia…”, testemunhou o autarca vila-realense, satirizando mesmo que para fazer uma candidatura “é preciso tirar um curso”.

Manuel Martins recorda que, a comprovar os entraves levantados no âmbito do QREN, no final de 2008, registou-se “uma taxa de execução média na ordem dos de 1,9 por cento”. “Nunca vi nada tão complicado”, reforçou o edil.

Confiante na qualidade e no valor do projecto, “o mais importante para Vila Real”, Manuel Martins não acredita que o Governo possa pôr em causa a importância para a região do Régia Douro Park, um projecto orçado em cerca de cinco milhões de euros e que, para além de criar “as oportunidades para a instalação de empresas de índole tecnológica e beneficiar a criação de emprego de qualidade e bem remunerado”, pode ser a resposta para a sustentabilidade da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

O mesmo responsável sublinhou ainda que a demora do projecto do Régia Douro Park não é caso único, outro programa dinamizado pela autarquia, e cuja candidatura “já recebeu aplausos”, o programa “Articular”, está também em ‘stand by’. “Agendaram uma resposta para o final de Março, depois passaram para Abril. Até agora nada…”, lamentou o autarca, explicando a importância do “Articular” como um projecto que vai ser responsável por um conjunto alargado de obras, como por exemplo a construção das novas piscinas, na zona onde agora está o Campo de Futebol do Calvário, a criação da Ecovia e a reabilitação de vários bairros.

Relativamente ao processo em tribunal, despoletado pela Ordem dos Arquitectos que pediu a impugnação judicial do Concurso Público para a elaboração do projecto de execução do loteamento e três edifícios do Parque de Ciência e Tecnologia de Vila Real, alegadamente por este não cumprir um conjunto de requisitos, Manuel Martins mostrou-se confiante na justiça. “Não me passa sequer pela cabeça que o tribunal nos condene”, sublinhou o autarca, considerando que “ninguém tem o direito de impedir o desenvolvimento da região”.

Com os terrenos já adquiridos, o pólo de Vila Real do Régia Douro Park tem como objectivo central a criação de um Centro de Excelência da Vinha e do Vinho e vai criar mais de mil postos de trabalho qualificados.

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