A Direcção da Organização de Vila Real (DORVIR) do Partido Comunista Português (PCP) apresentou, no dia 26, António Serafim como mandatário distrital da candidatura de Francisco Lopes às próximas eleições Presidenciais, marcadas para o dia 23 de Janeiro.
O PCP foi assim o primeiro partido a dar o pontapé de saída em Vila Real no período de pré-campanha eleitoral, apresentando desde logo a intenção de promover um forte programa de sensibilização em todo o distrito, uma pré-campanha “que procurará no essencial ter uma dimensão de massas”.
Apesar de ainda não estar fechado, já é certo que o programa da visita ao distrito do candidato do Partido Comunista às presidências passará pelo nos concelhos de Chaves e Vila Pouca de Aguiar, “onde haverá uma acção mais dedicada ao mundo rural”, revelou Jorge Humberto, responsável pela DORVIR. Segundo o mesmo responsável político, o candidato deverá deslocar-se a Vila Real no dia 27 de Novembro, ficando ainda por confirmar a sua visita à sede do distrito.
“Estamos numa região que em tempos de expressão eleitoral não reflecte a confiança que o povo tem em nós”, admitiu António Saraiva, mostrando-se no entanto confiante nos resultados do próximo sufrágio, tendo em conta o feedback que o partido tem tido em várias actividades, nomeadamente num encontro realizado recentemente para debater as problemáticas do Douro e onde rostos da região que, “em condições normais, não se identificam minimamente com o projecto do PCP”, reconheceram e apelaram ao voto no candidato comunista.
Relativamente a Francisco Lopes, o mandatário garante que se trata de uma candidatura “que aponta o caminho da participação activa, da luta dos trabalhadores e do povo português, como aquele que assegurará a derrota da política que compromete o presente e o futuro do país, que aponta o caminho em que se forjará o fortalecimento, a cooperação e convergência das forças patrióticas e de esquerda”.
“Pelo seu percurso de vida e pelo movimento que representa, Francisco Lopes é o rosto e a voz desta mobilização necessária para um trabalho duro a prosseguir na defesa da região de Trás-os-Montes e Alto Douro e dos legítimos interesses e direitos dos transmontanos e durienses”, considera António Saraiva.
Jorge Humberto afirmou ainda que se trata de “uma candidatura que assume os poderes e funções presidenciais como meio de intervir no sentido de contribuir para a concretização de democracia política, económica, social e cultural, que a constituição da República comporta”.
Mais, o comunista garante que, “ao contrário de todas as outras”, a candidatura de Francisco Lopes “não tem um rasto de comprometimento e envolvimento na política de direita, que tem arrastado o país para o declínio”.
“Apresenta-se numa altura em que vivemos uma situação grave, que é preciso encontrar um caminho alternativo, assegurar a ruptura e a mudança com o rumo de injustiça e de afundamento do país. O que esta Candidatura assume é o compromisso de dar ao povo, aos trabalhadores portugueses e às novas gerações uma alternativa para o exercício das funções presidenciais, que contribua para a mudança que Portugal precisa”, concluiu o mesmo responsável político.