Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025
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Ponte Romana apenas para peões

Depois de muito debate e mesmo de uma tentativa de levar a população a manifestar-se através de um referendo, a palavra final da autarquia foi mesmo no sentido de encerrar ao trânsito a Ponte Romana de Chaves. Questões de segurança e de conservação do monumento estão na base da decisão. Depois de dividir a população […]

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Depois de muito debate e mesmo de uma tentativa de levar a população a manifestar-se através de um referendo, a palavra final da autarquia foi mesmo no sentido de encerrar ao trânsito a Ponte Romana de Chaves. Questões de segurança e de conservação do monumento estão na base da decisão.

Depois de dividir a população e as forças vivas do concelho de Chaves, num debate sobre o possível encerramento ao trânsito da milenar Ponte Romana sobre o rio Tâmega, a Câmara Municipal local anunciou, no dia 19, que esta deverá mesmo destinar-se apenas a peões.

Segundo João Batista, autarca flaviense, a “razão fundamental” do encerramento ao trânsito daquela infra-estrutura, construída há quase dois mil anos, prende- -se com as questões de segurança.

As “fragilidades da estrutura”, sobretudo na zona da margem direita, foram detectadas no decorrer de um conjunto de obras de melhoramento da ponte, uma intervenção que, orçada em cerca de 315 mil euros, teve como objectivo retirar a conduta de água que estava presa na estrutura, a colocação de um novo lajedo e de novo mobiliário urbano, como floreiras e pilares de condicionamento do trânsito.

Também foram evocadas, pela autarquia, questões sobre a conservação da ponte, realçando que o encerramento à circulação automóvel evitará, obviamente, “a deterioração e fragilização do monumento, a longo prazo”. De recordar que, neste aspecto, também o Ministério da Cultura teve uma palavra a dizer, ao aconselhar o encerramento, para que a infra-estrutura, de “elevada qualidade arquitectónica e patrimonial”, possa ser “mais bem usufruída, a exemplo de outros monumentos semelhantes, existentes na Europa”.

Apesar das motivações relativamente às questões de segurança e à conservação do monumento que remonta ao processo de romanização da região, mais exactamente na vigência do imperador Marco Úlpio Trajano, muitas foram as vozes que se levantaram contra essa medida, como, por exemplo, os comerciantes flavienses, já que, como defendeu, recentemente, o Presidente da Associação Empresarial do Alto Tâmega, “a circulação pela periferia desvia a população para a oferta nessas zonas e retira movimento à cidade, enquanto que uma circulação pelo canal central que é a ponte cria outra dinâmica”.

Segundo João Batista, hoje, em reunião de Câmara, o executivo vai apresentar uma alternativa à ponte, para ligar o centro histórico à zona da Madalena que pode passar pela construção de dois arruamentos e uma praça, um projecto que já está incluído no Plano de Pormenor da Madalena do Programa Polis.

 

MM

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